Em Mauá, Lula reforça campanha de Marcelo Oliveira e pede mobilização popular até a vitória

“Nesses dias que faltam até o dia 27, é importante que todo o mundo dedique para ir conversar com as pessoas. Falar sobre a importância de votar. Escolher um prefeito é uma coisa muito séria”, disse o presidente, na cidade paulista

Ricardo Stuckert

Lula de mãos dadas com Marcelo Oliveira rumo à vitória do PT em Mauá

O presidente Lula visitou Mauá na noite de sexta-feira (18) para impulsionar a campanha à reeleição do prefeito Marcelo Oliveira (PT), na reta final para o segundo turno na cidade da região do ABC paulista. Ele participou de um grande comício na Avenida Portugal, no Jardim Pilar.

Lula chegou ao local do evento por volta das 20h, após passar por Diadema, onde participou de ato da campanha do prefeito José Filippi Jr.

O presidente disse que sonha em construir uma universidade federal em Mauá e pediu a vitória de Marcelo como presente de aniversário, que comemora justamente no dia 27, mesma dada da votação em segundo turno. Disse ainda que o prefeito petista terá sempre as portas da Presidência da República abertas.

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Lula conclamou os presentes a engrossarem a campanha nas ruas, fazendo visitas às casas e comércios até o dia da votação para mostrarem às pessoas “a necessidade de votarem em uma pessoa boa”.

“Nesses dias que faltam até o dia 27, é importante que todo o mundo dedique para ir conversar com as pessoas. Falar sobre a importância de votar. Escolher um prefeito é uma coisa muito séria. Faça isso na sua cidade. E em Mauá, o Marcelo é uma pessoa boa, capaz de cuidar do povo, e é ele que temos que eleger como prefeito”, afirmou Lula.

Lula não disse o nome, mas fez um ataque ao adversário de Marcelo Oliveira no segundo turno, o ex-prefeito e atual deputado estadual Atila Jacomussi: “Vocês sabem que já elegeram um prefeito aqui que não fez nada, que roubou até a merenda escolar. Vocês sabem disso.”

Em Mauá, acompanharam Lula no comício a primeira-dama Janja Lula da Silva, e os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o secretário nacional de Comunnicaçao do PT, deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), além de outros parlamentares.

Ainda no discurso, Lula falou de sua ligação com a cidade desde os anos 1980, quando ainda era líder sindical; das realizações dos dois primeiros mandatos como presidente e também do atual, destacando a geração de empregos e o uso do primeiro ano de governo para reconstruir o país após a destruição promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outros feitos. Também ressaltou a parceria com o prefeito Marcelo Oliveira, os recursos federais transferidos para Mauá, os investimentos que já estão acordados e reafirmou que vai construir um Instituto Federal na cidade.

“Uma coisa eu vou dizer para vocês. O importante de vocês terem o Marcelo prefeito é que ele não vai precisar nunca bater na porta da Presidência da República, porque estará sempre aberta. Eu queria fazer uma universidade federal aqui desde o primeiro mandato. A gente até arrumou um terreno, mas estava contaminado e não pudemos pegar. Mas tenho esse sonho de fazer universidades, como fizemos em São Bernardo, Santo André, Diadema, Santos, Guarulhos e Osasco. E Mauá tem o direito de ter uma universidade pública federal”, afirmou Lula.

“E nós vamos fazer o Instituto Federal aqui, e quero vir inaugurar. E por que quero fazer isso? É porque quero que os nossos filhos, as nossas meninas e os nossos meninos sejam mais estudados do que os nossos pais. Que eles possam ter uma profissão. Eu digo sempre que o homem tem que ter uma profissão, porque quando ele tem uma profissão, ele fica mais valorizado”, enfatiou.

Agradecimento a Mauá

Lula disse ser grato à população de Mauá pelo apoio da cidade a todas as suas candidaturas, desde 1989, e também às de Dilma Rousseff e Fernando Haddad. Disse que, em 2022, venceu Bolsonaro “para cuidar do povo brasisleiro, porque a palavra correta não é governar, é cuidar.” E afirmou que pretende garantir esporte e ensino integral para melhorar a qualidade da educação e dar liberdade para as mães que trabalham fora. Ele aproveitou o momento para mandar um recado aos homens.

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“E aqui vai um recado para nós, homens. As mulheres já aprenderam o caminho do mercado de trabalho, mas os homens ainda não aprenderam o caminho da cozinha para ajudar a nossa companheira a cuidar da casa. É preciso estarmos solidários com nossas companheiras, que a gente saiba que lavar roupa não é obrigação de mulher, que passar não é obrigação de mulher, que limpar cocô de criança não é obrigação de mulher”, afirmou.

Ao final do discurso, contou a história de que, no registro, consta que nasceu no dia 6 de outubro, mas a mãe garantiu que o pai errou e que o dia correto é 27. Deu a explicação antes de pedir: “Se é verdade que vocês gostam e acreditam em mim, eu queria que vocês me dessem um presente, porque eu faço aniversário dia 27 de outubro. É exatamente o dia da eleição do Marcelo e do Juiz João (candidato a vice). É exatamente o dia. Então, quero pedir que me deem o Marcelo de presente como prefeito de Mauá, que vou ficar mais feliz e vou ajudar muito mais Mauá.”

Apoio de Lula na reconstrução de Mauá

Já Marcelo Oliveira lembrou que quando assumiu a Prefeitura, em 2021, encontrou uma cidade “abandonada”, mas que, a partir da posse de Lula, contou com a ajuda do governo federal, conseguiu recursos para investimentos em infraestrutura, saúde, esporte, educação e lazer, entre outras áreas. Também citou o compromisso da União de repessar verbas para construção da quinta UPA, de cinco creches, reformas de UPAs e UBSs, de R$ 159 milhões para urbanização e regularização do núcleo Chaffic/Macuco, de R$ 21 milhões para construção de muros de contenção em áreas de risco. Quase ao final do discurso, o petista se emocionou e chorou ao lembrar que o pai (já falecido) dizia a amigos que o filho um dia seria prefeito de Mauá.

“E eu quero terminar minha fala dizendo o seguinte para todos vocês: onde meu pai estiver, onde Chicão estiver, eu sei que ele está torcendo por mim e pelo povo de Mauá. Ele sonhava e falava com meus amigos. Era o sindicato, e ele falava, ‘meu filho vai ser perfeito de Mauá’. E aqui nós estamos.”

Da Redação

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