Em SP, manifestações do dia 20 também criticarão governo tucano
Além da defesa da democracia, também serão lembrados pelos movimentos sociais temas como a crise hídrica, o corte de verba nas universidades e a demissão de professores na gestão tucana de Geraldo Alckmin
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Em são Paulo, a pauta da manifestação da próxima quinta-feira (20) será muito além da defesa da democracia. A crise hídrica, o corte de verba nas universidades, a demissão de professores na rede estadual e a falta de pagamento dos docentes na greve também serão bandeiras do dia 20.
“Nessa manifestação, vai-se concentrar toda a força política que ganhou as eleições no país para defender a democracia. Aqui, em São Paulo, o conservadorismo se expressa no governo Geraldo Alckmin, do PSDB”, afirma Hamilton Rocha, do Coletivo de Luta pela Água.
Segundo Rocha, esse conservadorismo do governo estadual “se manifesta na falta e no processo de privatização (do fornecimento) de água, no corte de verba nas universidades, na demissão de mais de 2 mil professores na rede estadual, na falta de pagamento dos professores na greve em São Paulo”.
O presidente da CUT de São Paulo, Adi dos Santos Lima, destaca que as manifestações do próximo dia 20 são para chamar a atenção da sociedade para o grave ambiente de construção de um golpe no Brasil.
“As manifestações do dia 20 são para defender a democracia e levar às ruas as bandeiras da classe trabalhadora. Quem sofreu com a falta de liberdade sabe o valor da democracia”, completa.
“Estamos convocando todos os movimentos sociais, sindicais, as entidades de classe, no dia 20, para irmos às ruas também em resposta ao governo pelas medidas econômicas do ajuste fiscal, que afetam diretamente a classe trabalhadora”, acrescenta Adi do Santos Lima.
“Temos um desafio dia 20, que é defender o governo Dilma da tentativa golpista. Ao mesmo tempo, dizer que é preciso, por parte do governo, ter uma pauta mais à esquerda, mais vinculada aos movimentos sociais e aos trabalhadores”, destaca Raimundo Bonfim, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares (CMP).
“Queremos que a presidenta Dilma continue governando nosso país, mas queremos que ela avance nas pautas dos movimentos populares e dos trabalhadores”, explica Bonfim.
Dia 20 – O Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo divulgou na última sexta-feira (14) uma convocatória para a manifestação que será realizado na próxima quinta-feira (20).
O ato será “contra o golpe, em defesa da democracia, da Petrobras e do pré-sal, por direitos da classe trabalhadora, contra o ajuste fiscal e por uma reforma do sistema político”.
Marcado para às 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital, a manifestação do dia 20 na principal unidade da federação tem importância ao mesmo tempo simbólica e política.
“Aqui em São Paulo, a direita conservadora e golpista tem expressão forte e se alojou no governo do estado há mais de 20 anos”, diz a convocatória do fórum, que reúne 58 entidades.
Os movimentos declaram, na carta, acreditar “que a ameaça de golpe da direita brasileira, atrelada ao imperialismo, que neste momento se organiza a partir de partidos, de parcela importante e significativa da mídia, de grupos de direita conservadora e reacionária, precisa ser barrada nas ruas pelo povo”.
No manifesto, as entidades afirmam ainda que estarão nas ruas em defesa da democracia com a exigência de que “nenhum direito a mais seja retirado da classe trabalhadora”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual