Em todo país, o povo vai às ruas contra comemorações do golpe
Neste domingo, 31, quando o golpe de 1964 completa 55 anos, brasileiros não comemoram a ditadura e sim protestam em defesa da democracia
Publicado em
Ao longo deste dia 31 de março, a tag “Ditadura Não Se Comemora” foi o assunto mais falado nas redes sociais. Uma resposta dos brasileiros a Jair Bolsonaro (PSL), que determinou às Forças Armadas comemorações para o Golpe Militar de 1964. A resposta do povo brasileiro ocupou não só o espaço virtual, como esteve nas ruas de todo país em um grito uníssono: Ditadura nunca mais!
As manifestações começaram ainda pela manhã, o PT de Curitiba organizou um ato na Feira do Largo da Ordem. Para, André Machado, presidente do Partido dos Trabalhadores da capital paranaense, as alegações de Jair sobre a ditadura são inaceitáveis. “Não podemos aceitar que esse governo exalte um momento sombrio da nossa história, marcado por torturas, perseguições políticas, ausência de democracia e corte de direitos da classe trabalhadora. Para que não se repita, temos que rechaçar a ditadura e denunciar os absurdos autoritários desse governo”, afirma André Machado, presidente do PT Curitiba.
Na manhã deste domingo, na Feira do Largo da Ordem, em Curitiba, militantes realizaram o ato "DITADURA NUNCA MAIS!", em contraposição à absurda decisão do governo Bolsonaro de comemorar o golpe militar de 1964.O ato foi organizado pelo PT de Curitiba. "Não podemos aceitar que esse governo exalte um momento sombrio da nossa história, marcado por torturas, perseguições políticas, ausência de democracia e corte de direitos da classe trabalhadora. Para que não se repita, temos que rechaçar a ditadura e denunciar os absurdos autoritários desse governo", afirma André Machado, presidente do PT Curitiba.A militância do PT também se integra ao ato unificado Ditadura Nunca Mais, que acontece hoje, às 14h, na Praça 19 de Dezembro, com a presença de partidos políticos, movimentos sociais e sindicais.#DitaduraNuncaMais #PTCuritiba #PTParaná
Publicado por PT Paraná em Domingo, 31 de março de 2019
Já em Brasília, com um ato de repúdio as declarações de Bolsonaro. Presente na manifestação, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) criticou a falta de respeito do governo contra as vítimas de um regime que deixou mais de 400 desaparecidos e mortos no país.
“Quem zomba dos nossos mortos, não sabe que eles não tombam nem cabem nos funerais” #DitaduraNaoSeComemora pic.twitter.com/qrQ8X5BfCh
— Erika Kokay (@erikakokay) March 31, 2019
Na capital do país, intervenções artísticas também lembraram o horror das torturas que marcaram o período ditatorial no país.
Em Belo Horizonte, ato teve início na Praça da Liberdade e, em seguida, milhares de pessoas ocuparam as ruas da cidade para dizer não a tortura, não a retirada de direitos, não a Ditadura Militar.
São Paulo: A concentração da Caminhada do Silêncio reuniu milhares de pessoas na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera. Familiares de vítimas que moveram uma ação no Supremo Tribunal Federal para impedir as comemorações determinadas por Jair Bolsonaro estiveram presentes e cobraram punições para os crimes da ditadura. “Queremos que o Estado nos dê uma resposta. Onde estão os nossos filhos, o que aconteceu com eles? Se estão vivos, onde estão? Se estão mortos, onde estão os corpos?”, questionou a mãe de uma das centenas de pessoas que continuam desaparecidas.
#ditaduranuncamais concentração Caminhada do silêncio na Praça da Paz no Ibirapuera.
Publicado por Jornalistas Livres em Domingo, 31 de março de 2019
No Rio de Janeiro, pelo menos quatro mil pessoas participaram de uma manifestação na Ceilândia.
Da Redação da Agência PT de Notícias