Escondidinho de Tucano: FHC esconde que PSDB governa com Temer

Fernando Henrique finge que PSDB não participa do governo golpista, enquanto Alckmin amarga 6% de intenções de votos e vê aliados virando as costas

Beto Barata/Agência Brasil

Alckmin e Temer

A receita do “Escondidinho de Tucano” costuma ser indigesta para o país, mas o PSDB segue apostando nela. Agora a tática é fingir que os tucanos não participam do governo Temer. Questionado sobre a presença de Aloysio Nunes como ministro no governo golpista, FHC disparou que o povo não “não sabe, não se liga nisso”.

“Uma coisa somos nós, intelectuais, jornalistas, que vivemos nesse meio. Para o povo, tem que mostrar como é o Geraldo. É uma fragilidade das instituições democráticas. O desempenho da personalidade, do líder, conta mais que os partidos”, afirmou o FHC, em entrevista à Folha de São Paulo.

A crise no tucanato é evidente. Tanto que até o site “O Antagonista” chegou a publicar: “O divórcio entre a campanha de Geraldo Alckmin e a direção do PSDB é total. O partido nem sequer é informado regularmente da agenda do candidato”.

Caciques tradicionais do PSDB, como Aécio Neves, um dos articuladores do golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff da presidência, também vão mal das pernas. O lançamento oficial da campanha de Aécio em Minas Gerais contou com apenas 20 eleitores, que compareceram em uma van escolar fretada, conforme publicou o Intercept Brasil.

Já a fragilidade de Alckmin, comprometido com o projeto golpista de austeridade, explica a tática de FHC. Com um plano de governo que repete o modelo de cortes em direitos e investimentos implantado pelo golpista Temer, Alckmin já foi apontado como candidato do atual governo pelo próprio emedebista. Talvez por essa ligação, a rejeição ao tucano chega a 25%, segundo a última pesquisa Ibope.

O Escondidino de Tucano também é servido por seus aliados, ainda que a contragosto. Ainda que tenham garantido 6 minutos de propaganda eleitoral, os partidos coligados ao PSDB liberaram seus filiados para que formatassem os palanques que lhe fossem mais convenientes nos estados, sem obrigatoriedade de apoio ao presidenciável escolhido, o que fez com que ignorassem Alckmin.

Um levantamento da Folha aponta que, dos 216 diretórios dos partidos que coligaram com o tucano nos 27 estados, apenas 96 estarão em palanques que o apoiam ao Planalto.

 

Da redação da Agência PT de notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast