Estudantes fabricam nano satélite brasileiro

O experimento conta com a participação do Clube de Radioamadores de Americana e o dispositivo funcionará como chaves para abrir determinadas informações

O nano satélite cubesat AESP-14, projetado, fabricado e integrado por alunos de graduação e pós-graduação do Instituto tecnológico da Aeronáutica (ITA) está em órbita terrestre desde segunda-feira(12), na Estação Espacial Internacional (ISS). Financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o módulo nasceu junto com o curso de engenharia espacial do ITA, cujo plano pedagógico incluía a realização de um projeto de engenharia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O trabalho foi desenvolvido em cooperação com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e alunos tiveram à disposição o Laboratório de Integração e Testes (LIT) para manufaturar os primeiros protótipos de placas de circuito impresso e realizar a integração e os ensaios ambientais.

“O programa nanosatc-br do inpe cedeu uma estação terrena para realizar o rastreio do aesp-14, onde os alunos poderão operá-la para receber as telemetrias do cubesat”, conta o professor Claber Toss Hoffmann. Segundo ele, o cubesat AESP-14 não possui carga útil científica por se tratar de um projeto educacional e também demonstração de tecnologia. “Ele enviará apenas telemetrias que indicam o estado dos seus subsistemas, como tensão da bateria e corrente consumida”, explica.

A recepção do sinal será observada em parceria com o Clube de Radioamadores de Americana (CRAM/SP). De acordo com Hoffmann, por utilizar a radiofrequência, o AESP-14 enviará à estações no solo 100 sequências aleatórias armazenadas na memória do satélite que deverão ser usadas pelas estações de radioamadorismo como chaves para abrir determinadas informações. “As estações poderão usá-las para abrir as imagens, como um álbum de figurinhas online”, conta.

Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias

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