Falta empatia com as questões sociais do Brasil, analisa Tico Santa Cruz
Em entrevista à TV Carta, da “Carta Capital”, cantor fala sobre os ataques e ameaças que sofre. Para ele, “há uma onda conservadora forte crescendo nas pessoas”
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O cantor, compositor e escritor Tico Santa Cruz é também um ativista social. A página do artista no Facebook, com 1,6 milhão de seguidores, é um dos espaços que ele utiliza para expressar opiniões, compartilhadas por milhares, mas alvo de críticas de conservadores.
“Eu sofro todo tipo de ataque, desde ameaças de morte até gente que me xinga, me ofende, me ridiculariza, tenta tirar minha credibilidade, manipula minhas postagens”, declarou, em entrevista à TV Carta, da Carta Capital.
Entre os temas que geram os maiores ataques, de acordo com Tico, estão a posição contrária à redução da maioridade penal e outros assuntos relacionados à pauta da esquerda brasileira, como o fato de o Bolsa Família ter tirado milhões de brasileiros da miséria.
Na avaliação do cantor, as pessoas têm o direito de serem conservadoras, sobretudo em uma democracia. “Em assuntos mais relacionados a essas questões da esquerda, a gente vê uma onda conservadora forte crescendo nas pessoas. Acho que as pessoas têm que raciocinar é que as coisas não são de uma maneira tão preto e branco”, analisa.
Para ele, é preciso ter mais empatia para analisar a pauta social brasileira. “Eu sei que é difícil de entender quando você não está realmente disponível para se colocar no lugar do outro. É preciso se aprofundar, até para poder defender o pensamento conservador com mais argumentos e não ofensas, ataques, xingamentos, mentiras”, criticou.
Durante a entrevista, Tico deixou claro que é contra ações antidemocráticas. “Qualquer tentativa de golpe contra a democracia, da minha parte, vai ser combatida de todas as maneiras”, alertou.
Avanços – Tico Santa Cruz falou também que o País precisa avançar nas áreas de Educação e Transparência. “O Brasil já passou muitos anos na mão de governos que não fizeram nenhum avanço relacionado às questões sociais, dos mais humildes e mais pobres e que precisam se desenvolver”.
Confira a entrevista na íntegra.
Da Redação da Agência PT de Notícias