Feira da comida em Moscou gera R$ 394 milhões ao Brasil

Empresários brasileiros se superam e obtêm sucesso ao participar de centenas de reuniões de negócio na cidade russa

Empresários brasileiros fecharam, na Feira Mundial da Comida de Moscou (Rússia), a Word Food Moscow (WFM), negócios no valor de US$ 99,9 milhões, entre os dias 14 e 17 deste mês. O anúncio foi feito, na segunda-feira (21), pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Segundo a Apex, o valor inclui negócios fechados durante o evento e os encaminhados para conclusão nos próximos 12 meses. O resultado foi obtido graças à realização de 430 reuniões entre os representantes de 20 empresas brasileiras, presentes à feira, com compradores da Rússia.

A WFM é a maior feira de alimentos, bebidas e agronegócios daquele país, mas só teve a participação brasileira graças a uma parceria entre a Apex e duas associações de classe nacionais: a das Indústrias Exportadoras de Carne e a de Proteína Animal. A missão empresarial, que se estendeu à Polônia, foi liderada pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

“Os resultados da missão foram muito positivos no que diz respeito ao incremento de negócios entre o Brasil e os dois países visitados, que fazem parte dos mercados prioritários do Plano Nacional de Exportações e são alvos das ações de promoção comercial e atração de investimentos desenvolvidas pela Apex-Brasil”, informou nota do presidente da agência, David Barioni Neto.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, Antonio Jorge Camardeli, saudou o bom desempenho brasileiro, especialmente nesse momento de forte variação cambial e retração no preço do petróleo, um dos principais suportes da economia russa.

A exportação de carnes (bovina, suína e de frango) é responsável por grande parte das relações comerciais entre Brasil e Rússia, informa a Apex. Representaram, em 2014, 63,5% do total das vendas brasileiras para o mercado russo. O Brasil exportou US$ 3,8 bilhões para a Rússia e importou US$ 3 bilhões no ano passado, resultado em um superávit de US$ 800 milhões na balança comercial.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações da EBC

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