FGV: Inflação dos mais pobres cai em junho

Regressão no indicador IPC-C1 foi motivada por queda de preços nos setores de alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais

O governo Bolsonaro está perdendo a guerra contra o dragão da inflação e os preços dos produtos da cesta básica de alimentação disparou: o óleo de soja subiu 77,69%; o arroz, 59,48%; e o feijão fradinho, 58,49%

A Fundação Getúlio Vargas divulgou, na manhã desta segunda-feira (6), dados que comprovam queda no custo de vida da população mais pobre, que ganha até 2,5 salários mínimos (R$ 1.970,00), no mês de junho.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1) da Fundação Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), específica para avaliar famílias nessa faixa de renda, caiu 0,1 ponto percentual entre maio (0,95%) e junho (0,85%).

Nos seis meses de 2015, o IPC-C1 acumulado ficou em 7,21%. Das oito classes de despesa que compõem o IPC-C1, quatro mostraram queda no mês: saúde e cuidados pessoais (de 1,54% para 0,64%); alimentação (de 1,16% para 1,02%); habitação (de 1,16% para 0,97%); e vestuário (de 0,81% para 0,32%).

Os grupos que tiveram alta foram transportes (de -0,19% para 0,29%); despesas diversas (de 1,53% para 2,36%); educação, leitura e recreação (0,36% para 0,77%); e comunicação (-0,30% para 0,37%).

A queda de junho é um alento, pois muda a trajetória de alta dos últimos doze meses, em que a taxa anualizada do IPC-C1 ficou em 9,52%.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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