FHC também voou nos jatinhos de Aécio pagos por Minas

A lista completa dos vôos de Aécio Neves, entre 2003 e 2010, traz informações ignoradas pela “Folha de S. Paulo”, que denunciou o caso na época. Entre as novidades está a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

O escândalo do uso indevido de aeronaves do governo de Minas Gerais pelo então governador Aécio Neves (PSDB) ganhou novos capítulos.

Denúncia publicada nesta quinta-feira (19), pelo portal “Diário do Centro do Mundo”, mostra a lista completa dos vôos de Aécio durante os sete anos e três meses de seu governo, entre 2003 e 2010, ao ter acesso por meio da Lei de Acesso à Informação.

A lista completa, no entanto, traz informações ignoradas pelas reportagens do jornal “Folha de São Paulo”, que denunciou o caso na época. Entre as novidades está a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O tucano usou os aviões e o helicóptero do governo de Minas em pelo menos dez ocasiões, sem a presença do governador Aécio Neves. A maioria em 2006 (três, uma delas com uma “comitiva”) e 2008. Em quatro viagens o pacote foi completo: de Belo Horizonte direto para São Paulo.

Roberto Irineu Marinho, um dos donos da “Globo”, foi de Belo Horizonte a Brasília em 11 de setembro de 2007. No dia seguinte, da capital mineira a Diamantina. Esteve acompanhado do então senador Sérgio Guerra, do PSDB. Todos a bordo das aeronaves públicas.

Consta nos documentos Aécio 1430 viagens ao todo, 110 com pouso ou decolagem do famoso aeroporto de Cláudio, construído nas terras do tio Múcio Toletino. A maioria dos trajetos feita de dois jatos, um helicóptero Dauphin e um turboélice pertencentes ao estado de Minas.

Pelo menos 198 vezes ele não estava a bordo. No entanto, um decreto de 2005 estabeleceu que esse equipamento destinaria-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas” e serve “para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos”.

Ex-presidente do partido, Guerra foi citado pelo delator Paulo Roberto Costa, no âmbito da operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras afirmou ao Ministério Público Federal ter dado propina ao tucano fruto de corrupção na estatal, em 2009.

Leia a reportagem completa.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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