Focus Brasil #151: os crimes em série do clã Bolsonaro

Nova edição da revista editada pela Fundação Perseu Abramo repercute sobre as investigações que pesam sobre a família do extremista de direita, das rachadinhas de Flávio ao desvio de joias

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A nova edição da Focus Brasil, publicação de número 151 editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), traz as suspeitas, cada vez mais evidentes, dos crimes em série cometidos pelo clã Bolsonaro. Em longa reportagem de capa, a revista aborda diversos crimes, do desvio de joias à utilização da Abin para impedir investigações contra o senador Flávio Bolsonaro, passando pela falsificação de registro de vacina contra a Covid-19. Até o filho 04, Jair Renan, é alvo de investigação.

“O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua família, incluindo filhos e a atual esposa, Michelle Bolsonaro (PL) têm uma lista longa de crimes pelos quais responderão na Justiça: de planejamento de Golpe de Estado à crimes do colarinho, o clã está envolvido em acusações de crimes de peculato, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa“, aponta a publicação.

O mais recente escândalo envolve o aparelhamento de Jair Bolsonaro sobre a Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, que teria sido utilizada em favor do filho do ex-presidente, o senador Flavio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”, esquema de corrupção em seu gabinete – Flávio é alvo de investigações sobre a “rachadinha” em seu gabinete, onde funcionários devolviam parte de seus salários”, descreve a Focus.

“Muito além de apenas se beneficiar, o governo de Jair Bolsonaro é acusado de espionar opositores e ex-aliados políticos, utilizando servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)”, informa a revista, ao mencionar a tentativa de Bolsonaro blindar o filho mais velho. A Focus elenca que o esquema foi responsável pela espionagem de parlamentares, ministros do STF, jornalistas e outros considerados inimigos do clã.

Na seção Carta ao Leitor, o diretor Alberto Cantalice se debruça sobre os impactos da desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição para a presidência dos Estados Unidos, e sua substituição por Kamala Harris.

“A indicação de uma mulher afro-americana coloca a candidatura trumpista em um verdadeiro círculo do inferno”, analisa Cantalice. “Os arroubos e a agressividade característica do candidato serão muito mais impactantes quando dirigidos a uma oponente mulher. Soma-se ao inferno de Trump, as adesões massivas da comunidade negra e latina à candidatura de Harris”, assinala o diretor.

Quanto a uma vitória republicana ou democrata, Cantalice faz uma importante observação ao campo progressista: “Sem ilusões quanto a lógica imperialista que domina o establishment”, alerta. “Norte-americano, seja ele Democrata ou Republicano, a derrota de Donald Trump e a vitória de uma mulher afrodescendente é sempre um novo alento”.

Na entrevista da semana, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello fala sobre as perspectivas de crescimento do país. Na avaliação de Mello, o cenário nunca esteve tão promissor para a expansão do PIB na última década como agora.

“No contexto brasileiro, a economia do país raramente viveu uma situação tão favorável”, aposta o economista. “Há mais de uma década que a economia brasileira não experimentava um cenário tão positivo. Por que eu digo isso? O crescimento tem surpreendido positivamente, mês após mês”, destaca.

Mello citou como exemplo as projeções do mercado financeiro para o crescimento do PIB em 2023, assim como para a inflação. Ambas precisaram ser revistas para cima, no caso do PIB, e para baixo, no que diz respeito ao IPCA. Em 2023, o país cresceu 2,9% ante previsão inicial de 0,8%. Do mesmo modo, a inflação encontra-se na casa dos 4%.

Além dos dois índices, o economista e professor também exaltou números da economia popular. “Os indicadores econômicos são muito positivos, com aumento da renda dos trabalhadores, sendo o maior desde o início do Plano Real. Além disso, a massa salarial atingiu níveis recordes, indicando a soma de todos os salários e benefícios dos trabalhadores. O desemprego está em queda, aproximando-se de 7%, uma das menores taxas de desemprego da história brasileira”, comemora Mello.

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Da Redação

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