Focus Brasil #99: Dez anos das jornadas
Focus trata do aniversário dos protestos de junho de 2013, que geraram o fascismo no país. “Abria-se o caminho para o impeachment, a República de Curitiba, a ascensão de extremistas e a prisão de Lula”. Leia
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A nova edição da revista Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo, já está disponível para leitura. A publicação desta semana, de número 99, lembra em extensa reportagem de capa as chamadas Jornadas de Junho de 2013, cujos protestos permitiram a ascensão da Lava Jato e do fascismo no país.
A reportagem revisita o período em que o país exalava prosperidade, pouco antes do fim do semestre daquele ano. Com Dilma no comando da Presidência e gozando de alta popularidade, o clima entre os brasileiros era de otimismo e esperança quanto ao futuro. Até que o Brasil foi tomado de assalto pela primeira onda de protestos, no dia 6 de junho, cujas manifestações exigiam uma redução de 20 centavos nas tarifas de ônibus.
“Os protestos pela redução das passagem de ônibus pareciam justos e razoáveis”, aponta o jornalista Olímpio Cruz Neto, autor da primeira reportagem. “Mas logo depois, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas em uma única noite para protestar contra uma variedade estonteante de queixumes, desde o transporte público de má qualidade até as denúncias de corrupção no governo”, observa. “O equívoco da esquerda, talvez, tenha sido não perceber de imediato que aquele ensaio de protesto social, embora legítimo, poderia ser sequestrado pela nova direita”. Foi o que aconteceu.
O assunto também foi tema da seção Carta ao leitor, assinada pelo diretor da FPA, Alberto Cantalice. No editorial, Cantalice aborda a tentativa malsucedida de criminalização do PT e do presidente Lula, a partir de junho de 2013 e com o surgimento da Lava Jato. “Foram 10 anos de criminalização e carnavalização midiático-judicial cujo centro da tática era proscrever o Partido dos Trabalhadores e forçar a eliminação política de seus quadros e de sua principal liderança, Lula”, lembra.
“Lembrar e deplorar os acontecimentos de junho de 2013 servirá de alerta para que as forças populares não voltem a cair no “canto da sereia” de aprendizes de feiticeiro da política que para posarem de modernos venham atrapalhar a caminhada vitoriosa do governo de Lula em sua luta diária pela união e reconstrução do Brasil”, adverte o diretor.
A edição ainda traz uma cronologia histórica das jornadas de 2013, organizada por Fernando Rosa, autor do livro “A Ousadia dos Canalhas: A Lava Jato que o Brasil não viu”. “Nas jornadas de junho, a direita ganhou força com o apoio da mídia, para criar o clima golpista que desencadearia no impeachment. Da exigência dos sem partido até a radicalização dos profissionais da baderna”, escreve Rosa.
A revista também aproveita a memória de 2013 para expor as vísceras da Lava Jato, por meio do exlosivo depoimento do empresário Tony Garcia sobre a operação e seu criador, Sergio Moro. “O empresário Tony Garcia diz que atuou durante mais de dez anos como um “agente” do ex-juiz Sergio Moro, produzindo “provas”, destaca a Focus. “Perseguido, ele disse que foi obrigado a gravar pessoas de forma ilegal a pedido de procuradores e do hoje senador federal Moro (UB-PR) após firmar acordo de colaboração premiada em 2004”.
Na área social e na economia, destaque para a volta do Mais Médicos e do programa Desenrola Brasil, finalmente lançado pelo governo na semana passada. “Fernando Haddad avalia que cerca de 30 milhões de inadimplentes serão diretamente beneficiados pelo programa”, informa a Focus.
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Da Redação