FPA promove curso “Fé, Política e Democracia”; saiba mais

Curso está com inscrições abertas a partir desta sexta-feira (19) para interessados no tema a partir de um viés histórico e informativo sobre o papel do catolicismo na transformação social

FPA/Site do PT

Inscrições abertas a partir desta sexta-feira (19); veja o link na matéria

O curso “Fé, política e democracia”, promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA), está com inscrições abertas a partir desta sexta-feira (19) para interessados no tema a partir de um viés histórico e informativo sobre o papel do catolicismo na transformação social, na luta por direitos e na consolidação da esquerda no Brasil.

O público-alvo são militantes que tenham origem na organização eclesial e que atuem nas redes ligadas ao tema, assim como a militância em geral interessada no assunto e disposta a construir o diálogo em diferentes frentes e entidades.

As aulas serão online às quartas-feiras, entre os dias 15 de maio e 19 de junho, no período da noite, das 19h às 21h, ministradas por José Artur Tavares de Brito, Léa Freitas Perez, Gilberto Carvalho, Pedro Ribeiro de Oliveira, Dari Krein, Jorge Alexandre Barbosa Neves, Marilene Alves de Souza, Mauricio Abdala, Pe. Paulo Adolfo, Sônia Gomes Oliveira, Marcio Romero, entre outros.

A aula inaugural será no dia 13 de maio com a participação da secretária nacional de Planejamento e Finanças do PT, Gleide Andrade, da deputada federal Maria do Rosário e do presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamoto.

“Nosso objetivo é fortalecer os debates na perspectiva da melhor compreensão da temática dentro da atual conjuntura política, numa articulação que coloque em diálogo a esquerda e os católicos. Queremos aprofundar em reflexões que levem a ações efetivas numa realidade de politização da pauta moral no país, pela postura nefasta e desvirtuada da extrema-direita”, avaliou Gleide.

Veja com participar:

Curso “Fé, política e democracia”

Quartas-feiras, das 19h às 21h, em maio e junho

Inscrições neste LINK

Os temas abordados no curso terão como eixos:

– Introdução sobre o papel da religiosidade popular na formação social do povo brasileiro;

– A história da fundação do PT em sua relação com a Igreja Católica;

– O contexto das transformações da relação progressista entre religião e política no Brasil (e América Latina) do Concílio Vaticano II até o início dos anos de 1990 para a atual relação conservadora;

– As transformações do mundo do trabalho compõem o agravamento da questão social e seus problemas são acolhidos pela prática religiosa e conservadora, que desloca as causas dos problemas sociais para uma politização da pauta moral no país;

– O papel e a potencialidade das agendas de ações sócio-transformadoras e da ecologia integral em articulação com a agenda do povo no orçamento e os ricos nos impostos, com um conjunto de políticas públicas e educação popular do governo Lula;

– Os papéis da militância petista católica na atual conjuntura política.

Reorganizar para atuar

Em um contexto de forte atuação da extrema-direita no trabalho de base, que tem o neopentecostalismo como principal braço de atuação, o foco é a reorganização para atuação na pauta política.

“Não podemos negar que a pauta moral está colocada, mas também não podemos cair numa certa casca de banana de ficarmos presos a isso”, explica Eliane Martins, do setor de formação da FPA, a apontar a necessidade de uma organização da narrativa em um processo pedagógico que não bloqueie o debate. “A expectativa é que o curso traga elementos para modular a conversa”, comenta.

Apesar da laicidade do Estado, a religião segue como norte importante para os brasileiros, em especial na relação com a política. Para 59% dos eleitores, por exemplo, a fé professada pelo candidato à presidência da República é considerada relevante, de acordo com pesquisa DataFolha, divulgada em 2022.

Mesmo com o avanço dos evangélicos, o número de católicos no país permanece expressivo, com 49% dos que responderam ao levantamento do DataFolha de 2022. Um dos pilares de formação do Partido dos Trabalhadores na década de 80 é representado por setores do catolicismo, além dos movimentos sindicais e de intelectuais.

Da Redação, com Fundação Perseu Abramo

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