Governo analisará mortes de jornalistas, afirma Edinho Silva

Para o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, a liberdade de expressão é fundamental para a democracia

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, informou, nesta segunda-feira (4), que pretende levar à presidenta Dilma Rousseff um relatório que mostra 55 casos de violação à liberdade de expressão no Brasil contra jornalistas, radialistas e blogueiros, em 2014. O documento, produzido pela ONG Artigo 19, computou 15 mortes,11 tentativas de assassinato, 28 ameaças de morte e uma de tortura.

“É lamentável que em um país como o Brasil, onde temos uma democracia consolidada, onde as instituições funcionam, tenhamos profissionais de comunicação perdendo suas vidas no exercício da profissão. Penso que é um dado alarmante”, declarou à jornalistas no Palácio do Planalto.

Edinho Silva disse ainda que o governo trabalha para garantir a liberdade de expressão no país, o que, segundo ele, é fundamental para a democracia. “Não existe democracia sem liberdade de imprensa, sem liberdade de expressão. Não existe democracia sem que efetivamente a sociedade possa manifestar aquilo que pensa, que sente, aquilo que ela entende como opinião, como capacidade de criação e de formulação de suas ideias”, afirmou.

“O governo da presidenta Dilma defende a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão como pilares da construção da nossa democracia”, completou.

Os dados foram divulgados no domingo (3), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Domingos Meirelles, durante o encontro organizado pela instituição e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no centro do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, o assunto será brevemente analisado pelo governo. “Não tenho nenhuma dúvida de que a presidenta Dilma constituirá um grupo para que, juntos, possamos estudar medidas para que os profissionais possam trabalhar, exercer suas atividades e ter garantidas as suas vidas, independentemente das suas opiniões e daquilo que eles possam expressar”, declarou.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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