Governo começa a sinalizar redução da conta de luz

Troca de bandeira tarifária pode reduzir despesas em até R$ 11,00 numa família com consumo mensal entre 200 quilowatts/hora e 299 KW/h mensais, devido ao desligamento de termelétricas

Foto: Marcos Santos/USP imagens

O desligamento de 21 térmicas nesse sábado (8) é o primeiro passo para, em próxima análise das condições de abastecimento do país pelos técnicos do setor, o governo retire a bandeira vermelha da conta mensal e reduza a despesa doméstica e comercial com o insumo.

Serão desligadas as usinas com despesas de geração superior a R$ 600,00 o megawatt/hora. Juntas, elas somam um custo mensal de operação (CMO) superior a R$ 5,5 bilhões para o sistema neste ano. É o quanto será economizado com o desligamento dessas unidades.

Esse valor é seis vezes maior que o custo médio de geração de uma usina hidrelétrica, que é de R$ 100,00 o MW/h, conforme dados do Ministério de Minas e Energia.

Todo mês, um grupo de instituições públicas do setor elétrico se reúne para definir as medidas para ajustar o fornecimento de energia no mês seguinte. É quando o indicativo de mais desligamentos de geradoras movidas a combustíveis fósseis (diesel, gás natural, por exemplo), as termelétricas, pode resultar na mudança da bandeira (para amarela ou verde) e cair o custo ao consumidor.

Na avaliação deste mês, esse comitê multilateral decidiu desligar várias delas, sem qualquer risco de interrupções no fornecimento ou apagão. O desligamento é reflexo da queda no consumo registrado nos meses anteriores. Menos consumo significa necessidade de gerar menor carga de energia para atender a demanda.

Nessas condições, o único impacto do desligamento é positivo: economia de gastos com combustível e a operação da usina.

Sem térmicas, menos despesa – Não haverá redução da tarifa de energia, mas exclusão da taxa mais cara, substituída pela mais barata, com reflexo favorável ao usuário no valor final da cobrança. Se o setor autorizar a mudança da cor para bandeira amarela, a redução na conta será de R$ 3,00 em cada 100 quilowatts consumidos.

Em vez da tarifa de R$ 5,50 (da bandeira vermelha), o valor passará para R$ 2,50 (amarela). Uma família de cinco pessoas, com consumo médio de 200 quilowatts(KW)/mês, vai gastar menos R$ 6,00 mensais.

Caso as condições da geração permitam a troca direta para a bandeira verde, que representa ausência de geração térmica no sistema elétrico interligado nacional (SIN), a queda será de R$ 5,50 pelos 100 KW.

Com as térmicas em repouso, essa mesma família vai economizar, portanto, R$ 11,00 mensais.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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