Inflação cai em abril e fica em 0,67%
Pressão dos alimentos diminui e política econômica mantém índice no centro da meta
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Depois de um impulso inesperado em março, causado em parte por fatores climáticos, a inflação oficial perdeu força, conforme já havia antecipado o governo.
No mês, os alimentos subiram menos e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,67%.
Em março a taxa havia atingido 0,92%. O recuo mostra que as políticas de controle adotadas pela área econômica estão certas.
O resultado ficou abaixo das previsões dos analistas do mercado – que apontavam taxas de até 0,85% – e bem inferior ao que propalava a oposição na eterna torcida contra o governo do PT.
A variação inflacionária em 12 meses ficou em 6,28%, portanto dentro da meta (6,5%) e com viés de baixa. Nos primeiros quatro meses do ano, a variação é de 2,86%.
Em recente entrevista a um grupo de mulheres jornalistas que fazem acompanham o Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que “não estava tudo bem com a inflação”, sobretudo no que se refere aos preços de alimentos e serviços.
Dilma deixou claro que a vigilância está redobrada, mas sem comprometer os programas sociais e a política salarial que favorece os trabalhadores mais pobres.
A coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, explicou que demanda e problemas climáticos vêm afetando os preços dos alimentos. “Quando a renda aumenta, você tem uma pressão sobre os preços dos alimentos, os serviços também. E também têm acontecido os efeitos climáticos, não só no Brasil, como em outros países”, afirmou.
Conforme o IBGE, os dois grupos que mais influenciaram o índice em abril foram o de alimentação e bebidas – a taxa recuou de 1,92% para 1,19% – e o de transporte – subiu 0,32%, menor portanto que o 1,38% de março.
O grupo despesas pessoais subiu 0,31%. Já o de habitação teve alta de 0,87%, em parte por causa do reajuste de energia. O tomate, que foi considerado vilão da inflação em passado recente, subiu só 1,94%.
Por Vannildo Mendes, da Agência PT de Notícias.