Jair Renan, filho 04 de Bolsonaro, é alvo de operação contra lavagem de dinheiro

Operação da Polícia Civil do Distrito Federal executou mandados de busca e apreensão em Brasília e Balneário Camboriú (SC) contra lavagem de dinheiro, estelionato e sonegação

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Jair Renan, o filho “04”de Bolsonaro, é investigado em operação que investiga esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação e lavagem de dinheiro

Jair Renan, o filho “04” do ex-presidente Bolsonaro, foi alvo nesta quinta-feira (24) de mandados de busca e apresentação pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A operação, denominada “Nexum”, investiga grupo suspeito de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal.

Os policiais estão cumprindo dois mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, endereço ligado a Jair Renan.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), identificou como mentor do esquema Maciel Carvalho, ex-empresário de Jair Renan e com vários registros criminais por falsificação ideológica de documentos, corrupção ativa e disparo de arma de fogo. O segundo foco do mandado de prisão é Eduardo dos Santos, procurado pela polícia por homicídio.

Em nota, a Polícia Civil do DF informa que os mandados visam “reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”.

Segundo o texto, a PCDF apurou a existência de uma associação criminosa para obter indevida vantagem econômica pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”.

Maciel Carvalho, preso em janeiro deste ano, é ex-empresário e ex-instrutor de tiros de Jair Renan. As investigações apontaram que o grupo criou uma falsa identidade em nome de Antônio Amâncio Alves Mandarrari com finalidade de abrir contas bancárias, empresas e forjar falsas declarações de faturamento, além de movimentações financeiras suspeitas entre os alvos, inclusive com remessas para o exterior.

Os mandados de busca e apreensão no Distrito Federal foram executados em Águas Claras e no Sudoeste em detrimento de Maciel Carvalho e dois comparsas, um dos quais figura como “testa de ferro” proprietário das empresas.

A PCDF cumpriu ainda mandados na Asa Sul no mesmo endereço em que está registrada empresa vinculada ao principal investigado na operação e outra ligada a um dos demais envolvidos, alvo de busca em sua residência em Balneário Camboriú (SC).

O objetivo das diligências da Polícia Civil é apreender bens e documentos relacionados à investigação criminal. O nome da operação, Nexum, faz alusão a instituto contratual do direito romano que representa passagem de dinheiro e transferência simbólica de direitos.

Da Redação

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