Jorge Solla defende tributação das grandes fortunas

Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, o parlamentar lembrou que a discussão sobre o tema já é feita na maioria dos países

Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) defendeu, em pronunciamento no plenário na quinta-feira (21), a aprovação da lei que regulamenta a tributação das grandes fortunas. Proposta histórica defendida pelo PT, a tributação de grandes fortunas é o único dos sete impostos federais previstos na Constituição ainda sem regulamentação.

“É o único dos sete tributos previstos na Constituição de 1988, sem regulamentação até hoje e, com isso, não é aplicado. Não adianta fazer mais proselitismo, querer colocar na taxação de grandes fortunas a pecha de uma pauta comunista. Afinal, em países como França, Noruega, Suíça, Índia e Estados Unidos, as heranças já são tributadas”, afirmou o petista.

O parlamentar lembrou que a discussão sobre o tema já é feita na maioria dos países. Segundo ele, a necessidade sobre a tributação ganha força atualmente, inclusive, em nações mais desenvolvidas como Estados Unidos e Alemanha por causa da crise econômica internacional.

“O princípio é muito simples, todo mundo sabe o velho ditado: dinheiro faz dinheiro. E isso é verdade. O problema é que os donos das grandes riquezas nada precisam fazer com suas fortunas para crescer mais rápido do que o resto da economia, mais rápido do que o salário dos trabalhadores e do que o PIB, de uma forma geral. É isso o que tem acontecido hoje em todo o mundo e, mais recentemente, torna-se mais grave no Brasil com as dificuldades econômicas existentes”, explicou Solla.

Para o deputado petista,  a taxação das grandes fortunas pode fazer com que o crescimento das fortunas aconteça na mesma velocidade do crescimento da renda do resto da população.

Na avaliação do deputado Jorge Solla, é necessário que o Parlamento discuta este tema com a maior celeridade possível.

“Vivemos num País muito desigual. Precisamos reequilibrar essa equação. Neste momento o ajuste não pode ficar no colo do trabalhador. Vamos debater essa regulamentação. Quem for contra venha para o debate, vamos confrontar as ideias. Vamos cumprir uma tarefa que a Constituição nos atribuiu e que há 27 anos o Parlamento está devendo à população brasileira”, finalizou o parlamentar.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações de Gizele Benitz, do PT na Câmara

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