Jovens de Curitiba repudiam ação da PM de Richa

A delegação de Curitiba foi surpreendida, ao chegar à 3ª Conferência Estadual de Juventude, realizada entre os dias 17 e 18 de outubro de 2015 em Faxinal do Céu-PR, com uma ação polícial. Caso foi divulgado, nesta terça-feira (20), pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no Facebook

Representantes do Conselho Municipal de Juventude de Curitiba emitiram nota de repúdio, na segunda-feira (19), contra a ação da Polícia Militar do Paraná, estado governado por Beto Richa (PSDB).

De acordo com os jovens, a delegação de Curitiba foi surpreendida, ao chegar à 3ª Conferência Estadual de Juventude, realizada entre os dias 17 e 18 de outubro de 2015 em Faxinal do Céu-PR, com uma ação policial.

“Somente a representação curitibana foi submetida a esta situação, o que põe em descrédito a alegação dos representantes do governo do estado de que aquela seria uma ‘operação padrão’ para a própria segurança dos participantes”, diz o texto.

O caso foi divulgado, nesta terça-feira (20), pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), no Facebook. “A gente pensa que não é possível, mas Beto Richa, governador do PSDB no Paraná consegue se superar quando o tema é repressão e autoritarismo”, disse a senadora.

Leia a nota do Conselho Municipal de Juventude de Curitiba, na íntegra:
“NOTA DE REPÚDIO À AÇÃO POLICIAL QUE RECEPCIONOU A DELEGAÇÃO DE CURITIBA NA 3ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE JUVENTUDE DO PARANÁ

Nós, representantes do Conselho Municipal de Juventude de Curitiba presentes na 3ª Conferência Estadual de Juventude, realizada entre os dias 17 e 18 de outubro de 2015 em Faxinal do Céu-PR, repudiamos a ação policial que recepcionou EXCLUSIVAMENTE a delegação de Curitiba em sua chegada à referida Conferência.

Na madrugada do dia 17 de outubro de 2015, na entrada do local onde seria realizada a 3ª Conferência Estadual de Juventude, policiais fortemente armados e se utilizando de cães obrigaram os gestores públicos, representantes da sociedade civil e jovens que compunham a delegação de Curitiba a desembarcarem do ônibus onde estavam e se submeterem a revista policial. Somente a representação curitibana foi submetida a esta situação, o que põe em descrédito a alegação dos representantes do governo do estado de que aquela seria uma ‘operação padrão’ para a própria segurança dos participantes.

Repudiamos esta ação por entender que ela criminaliza a juventude e se mostra incoerente com o caráter do evento. É inadmissível que um espaço de construção de políticas públicas de juventude adote ações que perpetuam o paradigma da “juventude-problema”.

Acreditamos que as ações de segurança em eventos como este devem ser previamente planejadas com a participação dos/das jovens e da sociedade civil, pautadas pela boa relação entre policiais e cidadãos/ãs e pelo respeito.”

Da Redação da Agência PT de Notícias

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