Juventude do PT traça estratégia para reduzir dano em SP
Conquistar quem votou nulo, branco ou se absteve e contrapor o antipetismo são os principais objetivos das ações da JPT
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Juventude do PT vai focar nas divergências de programas defendidos por Dilma Rousseff e os de Aécio Neves em seus atos e mobilizações em São Paulo, com o objetivo de diminuir a vantagem da campanha tucana. Para o secretário municipal da JPT, Erik Bolzan, o cenário em São Paulo não reflete o nacional; e no estado será decisiva uma estratégia de redução de danos. “Aqui é o centro do antipetismo, crescente nas juventudes trabalhadoras que não pegaram a década de auge do neoliberalismo. Aqui é o ultimo reduto de fato da reação conservadora que soube se articular”, avalia Bolzan.
A estratégia se baseia em tentar atrair os 38,7 milhões que não votaram em ninguém (27,6 milhões de nulos, 6,6 milhões de abstenções e 4,4 milhões de brancos). Essa quantidade é maior do que os votos conquistados por Aécio (34,8 milhões). “Queremos preencher esse vácuo e a campanha agora é muito curta. Vamos trabalhar bastante onde a votação do PT não foi tão positiva, para desmistificar essa questão do PSDB aqui”, disse o secretário estadual da JPT, Rogério Cruz. “Existe um ódio insuflado contra o PT e as políticas que vem dando crescimento maior ao Nordeste, que são justamente as que beneficiam todo mundo”, disse Cruz.
No estado, a presidenta Dilma Rousseff teve 5 milhões de votos a menos do que o candidato tucano no primeiro turno. “Essa é a campanha da nossa geração. Vamos conseguir reverter esses votos e vai ter que ser com o desafio de dar continuidade ao projeto popular. Vamos sair daqui com a camiseta vermelha no peito, fazendo campanha de boca em boca”, convocou Bolzan.
Ações – A JPT vai criar um calendário unificado de atividades para centralizar as informações e abrir a todos os membros um canal de diálogo. Além disso, estão programadas caminhadas, reuniões com estudantes e funcionários nas universidades do estado e outras atividades em lugares com potencial de crescimento do eleitorado petista e onde a campanha enfrentou mais dificuldades.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias
