Líderes da América Latina defendem governo Dilma
O presidente Venezuelano Nicolás Maduro disse que não ficará calado diante do “golpe de Estado” que toma forma no Brasil
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Líderes da América Latina demonstraram nesta semana apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff e fizeram duras críticas ao que consideram uma tentativa de “golpe de Estado” que, segundo ele, toma forma no Brasil.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, mostraram preocupação com a “nova modalidade de golpe” que se inicia contra a presidenta Dilma e os movimentos populares.
“Tanto o presidente Evo Morales quanto eu manifestamos nossa preocupação e alarme. Vamos iniciar uma série de consultas porque parece anunciar-se no Brasil, sob uma nova modalidade, um golpe de Estado contra Dilma Rousseff e contra o movimento popular”, afirmou Maduro, durante um fórum social sobre mudança climática em Cochabamba, na Bolívia, na terça-feira (13).
O presidente venezuelano afirmou que a América Latina não ficará calada diante dos ataques que Dilma têm sofrido contra todos os “processos progressistas, do povo e para o povo”.
“Não vamos nos calar nem nos deixar ser manipulados diante de uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, nem em nenhum lugar da América Latina e do Caribe”, declarou.
Ainda na terça (13), ao participar da abertura no 12º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o senador e ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica defendeu a democracia e a manutenção dos avanços dos últimos anos. Ele afirmou que é preciso lutar para manter as conquistas que existem hoje, porque elas são “necessárias” para que novas metas sejam alcançadas.
O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, após se reunir com a presidenta Dilma no Palácio do Planalto, também demonstrou apoio ao mandato da presidenta, defendeu a democracia e pediu ao Congresso Nacional que respeite a Constituição.
“A presidente é uma pessoa honesta, foi eleita constitucionalmente e, obviamente, esperamos que todos os temas políticos sejam manejados no Congresso, dentro da Constituição, dentro da lei e em respeito às normas universais sobre a legítima defesa”, declarou à imprensa.
Da Redação da Agência PT de Notícias