Luiz Marinho: o cheiro do avanço
É preciso fazer com que as pessoas ‘recuperem’ a memória de qual era a situação do País e veja como sua vida mudou nesses últimos 13 anos, defende Marinho
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Na última terça-feira, quando foi ao ar em rede nacional de rádio e TV o programa do PT, em algumas cidades do país um grupo de pessoas foi às suas varandas e janelas bater panelas e ofender a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula em protesto contra sabe-se lá o que. Particularmente não assisti ao vivo ao programa, nem muito menos ouvi o barulho das panelas porque no momento em que ia ao ar estava reunido com 159 famílias de um bairro da periferia de nossa cidade, dando início ao processo de regularização fundiária de suas moradas. Aliás, desde 2009, quando assumimos o governo, já garantimos a propriedade de suas moradias para 3.353 famílias.
“Não temos motivo para ter vergonha das conquistas que trouxemos para o país.”
Antes de tudo é preciso entender essa pregação do ódio contra o PT. Enxergar a cortina que esconde esse processo de ódio contra o PT. E colocar as coisas no seu devido contexto históricas. É preciso uma reflexão sobre como era o país antes de Lula e Dilma e da chegada do PT ao poder. Foi com o governo do PT que milhões de brasileiros saíram da linda da pobreza, conseguiram comprar a casa própria, conseguiram botar seus filhos para fazer uma faculdade, conseguiram comprar um carro novo, conseguiram andar de avião pela primeira vez. Enfim, conseguiram ser vistos e tiveram suas vidas mudadas.
E nós como petistas temos que fazer essa reflexão e esse debate diariamente. É preciso fazer com que as pessoas ‘recuperem’ a memória de qual era a situação do País e veja como sua vida mudou nesses últimos 13 anos. É preciso fazer com que elas pensem como seria o Brasil sem o Lula, sem a Dilma, sem esses 13 anos de governo do PT. É fato que a economia brasileira hoje passa por um momento de dificuldades, que enfrentamos problemas na área política. Mas não podemos perder de vista o papel do PT nesse novo Brasil.
Precisamos ter tranquilidade e cautela para observar a evolução das coisas. Nos nossos governos não obeservamos a fome matando pessoas como acontecia antes, por exemplo. Esse é o impacto dos governos Lula e Dilma. Estamos desenvolvendo o país para outro patamar.
E isso tem incomodado muita gente. Vivemos um período que vários setores da sociedade se colocam contra o partido de maneira odiosa, como se fossemos ladrões porque algumas pessoas, de vários partidos e até sem partido, podem ter cometido mal feitos. Estamos vivendo uma verdadeira guerra e temos que enfrentar essa guerra.
Existe uma clara aliança de combate ao PT. Uma clara pregação de ódio que une grande mídia, que mais parece panfleto da oposição, setores conservadores da sociedade e o grande capital especulador que deixou de lucrar com os nossos governos. É uma união por oportunismo, ideologia e interesses econômicos. Ficou fácil falar mal do PT, mas nós saberemos fazer o enfrentamento e seguir em frente.
A verdade é que fizemos um processo de inclusão nunca visto na história do País, colocamos o Brasil na rota do desenvolvimento. Não temos motivo para ter vergonha das conquistas que trouxemos para o país.
E como disse em artigo recente o frade Leonardo Boff o ódio ao PT no fundo no fundo é o ódio das conquistas que trouxemos ao povo pobre. Muitos deles não toleram o avanço que o povo pobre conquistou nos nossos governos. Não toleram o cheiro do Avanço do filho do pobre que senta ao lado do seu filho no banco da faculdade. O Avanço do pobre que senta ao seu lado na poltrona do avião.
Luiz Marinho é ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, é prefeito de São Bernardo do Campo