Lula e Padilha convocam Alckmin para debate
Além de não ir aos debates, Alckmin evita falar dos problemas do estado e coloca a culpa em prefeitos e no governo estadual
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Lula concorda com Padilha que Alckmin nunca assumiu as responsabilidades sobre problemas
O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, convocou Geraldo Alckmin a falar frente a frente sobre os problemas do estado, durante comício em Guarulhos na noite de terça-feira (23). O ex-ministro da saúde acusa o governador tucano de fugir de discussões importantes, como a atual crise hídrica, ao não comparecer aos debates. “Pare de fugir dos debates. Se continuar fugindo no primeiro turno, não tem problema, porque eu vou te encarar no segundo turno”, disse o petista, confiante em seu crescimento nas intenções de voto.
Lula reforçou o argumento de Padilha afirmando que Alckmin nunca assumiu as responsabilidades sobre os problemas de sua gestão. “Daqui a pouco ele vai colocar a culpa nos prefeitos e no governo federal. Eles governam há 20 anos este estado e nunca fizeram uma obra para conservar a água”, disse. O ex-presidente lembrou que a última obra feita no Cantareira foi em 82, quando a população era equivalente à metade de hoje em dia.
Padilha afirmou que Alckmin sequer deu satisfação à população da cidade sobre a redução do fornecimento de água. Em fevereiro, o governo estadual reduziu a vazão para o município de 900 m3/s para 500m3/s. À época, o aviso foi dado por um funcionário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e não por Alckmin, lembrou.
Apesar de negar a existência de racionamento, um relatório da Sabesp enviado ao Ministério Público indica que a redução da pressão no abastecimento está relacionada aos casos de falta de água. “Os técnicos da Sabesp foram mais verdadeiros do que o Alckmin ao admitir que na prática existe racionamento, como o que ocorre em Guarulhos”, completou Padilha, dizendo ainda que, se eleito, irá tirar do papel as obras para levar água a Guarulhos e a São Paulo.
Vitória – Padilha acusou Alckmin de usar terceiros para soltar mentiras a seu respeito e sobre seu partido. Para ele, o governo adota essa estratégia por se sentir ameaçado nas eleições. “Quem ataca é porque tá com medo. Ninguém bate em cachorro morto. Ele percebeu que estamos crescendo. Vamos gritar bem alto: chegou a sua hora, Alckmin. Vamos virar essa eleição”, concluiu.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias
