“Lula teve mais respeito na ditadura que hoje”, diz Stanley Gacek

Amigo de longa data do ex-presidente, o sindicalista norte-americano e ex-diretor da OIT no Brasil visitou a Vigília Lula Livre nesta quinta (5)

Joka Madruga/Agência PT

Stanley Gacek participa do Boa Noite Presidente Lula desta quinta-feira (03)

A Vigília Lula Livre ganhou ares internacionais nesta quinta-feira (5) com a visita do sindicalista Stanley Gacek, secretário internacional União de Trabalhadores no Comércio e na Indústria de Alimentos dos Estados Unidos e Canadá. Ele comparou a primeira condenação judicial de Lula, na década de 80, com a atual, apontando que, em plena ditadura, os direitos de Lula foram mais respeitados do que atualmente.

“Naquele momento, pendentes recursos na Justiça Militar, Lula foi solto e tive o privilégio de acompanhá-lo em assembléias nesse período. Veja a situação agora: Lula é preso político em uma suposta democracia, para impossibilitar as chances de ser eleito presidente da República”, analisou Gacek. “Essa conjuntura tem que ser revertida, temos que lutar contra isso. É o que estou fazendo. Estou instando a comunidade internacional sindical a isso”, completou.

Gacek reafirmou que a liberdade de Lula é importante para o movimento sindical internacional. Ele lembrou da visita de Lula a central sindical dele, em dezembro de 2002, já eleito presidente do Brasil. “Ele falou o seguinte: se eu não for bem sucedido, vocês não serão também. Vocês terão que me apoiar para ter sucesso, pois não sabemos quando outro metalúrgico será presidente. É nosso dever garantir que ele seja presidente mais uma vez”, disse.

O líder sindical empolgou-se com a mobilização na Vigília Lula Livre. “Isso aqui é muito importante simbólica e estrategicamente, pois essa prisão está reprimindo a vontade democrática do povo brasileiro”, observou. “Todos queremos que Lula seja candidato e sabemos que ele vai ganhar se participar da eleição”, acrescentou.

Gacek apontou que o momento histórico é de ataques não só aos direitos dos trabalhadores, mas ao próprio direito de organização. Ele citou recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que dificulta as contribuições sindicais de trabalhadores. “Aqui no Brasil o STF sustenta a constitucionalidade da reforma golpista em relação a financiamentos dos sindicatos”, comparou. “É uma coincidência nefasta, perversa e irônica entre a realidade brasileira e a norte-americana”, concluiu.

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