Lula: “Vamos discutir com aqueles que ousam duvidar da gente”
Em plenária com os dirigentes do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre os índices da presidenta Dilma Rousseff em São Paulo e avaliou que a disputa eleitoral desse ano é a mais difícil no histórico do partido
Publicado em
Em plenária com os dirigentes do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre os índices da presidenta Dilma Rousseff em São Paulo e avaliou que a disputa eleitoral deste ano é a mais difícil no histórico do partido. “Nós estamos fazendo as eleições mais difíceis desde que o PT nasceu. Nem em 1982 foi foi tão difícil”, comparou Lula.
Lula enfatizou que os próximos trinta dias até o primeiro turno serão determinantes para mudar o quadro. “Vamos ter que fazer procissão, usar a camisa do PT e discutir com aquelas pessoas que ousam duvidar da gente”, disse o ex-presidente.
Para tanto, o ex-presidente convocou a militância a confrontar aqueles que manifestam rejeição ao PT em São Paulo, comparando o legado do partido com o que foi deixado pelos governos anteriores. “Veja o que colocamos de recurso nesse estado e o que o FHC investiu aqui. Temos um legado a discutir e não aceitaremos sermos tratados como se fossemos de segunda classe. Foi o nosso partido que começou a mudar a história de administração pública no País”, disse.
Dirigindo-se a Padilha, Lula explicou que o candidato tem a vantagem de não ser candidato de si mesmo e ter como base o partido dos trabalhadores. O ex-presidente se disse otimista sobre a reta final das eleições. “Hoje, quando vi o Marinho (coordenador estadual da campanha) levantar o material, fiquei com a sensação de que a coisa começou a mudar por aqui”, disse.
Reforçando o discurso, o candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, comparou a disputa eleitoral com a Copa do Mundo, dizendo que aquele que chega como favorito nem sempre é que leva. “O cara fica falando que é bom, mas quando chega no jogo toma uma goleada”,exemplificou. Nas últimas pesquisas, Padilha apareceu em 3º lugar, com 7% das intenções de voto.
Marina
“Não sei se a Marina leu o programa que deram para ela. Se ela leu, não aprendeu nada com as discussões que tivemos”, disse Lula, acrescentando que a alavancada da candidata, após a morte de Eduardo Campos, é um fenômeno que ainda vai demorar a ser explicado pelos sociólogos.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, aproveitou para dizer que as propostas de Marina Silva são uma ameaça à conquista dos direitos dos trabalhadores. “Não temos nada contra a Marina Silva. O que temos contra é o programa que ela encampou. Um programa de desemprego. O programa do PSB e dos seus coligados é um programa de desemprego”, destacou.
Militância
O presidente estadual do PT Emidio de Souza ressaltou que o grupo de militantes do partido é quem fará a diferença nesSe momento da campanha. “O patrimônio do nosso partido é a nossa militância. Talvez esse seja um dos momentos mais duros que passamos. É esse patrimônio que, agora motivado pela mídia que só ataca o PT, vai para a rua ocupar calçadão da cidade, para falar das nossas conquistas”, ressaltou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, também falou sobre a importância do papel da militância para reverter o quadro político de São Paulo. “Não é possível, depois de 12 anos de trabalho exitoso, não ter uma resposta à essa direita ultrapassada. Chegamos em São Paulo sem água, sem emprego e sem mudança, com tucanos acabando com o estado. Não é possível não elegermos o Padilha aqui”, disse Freitas.
Participaram também da plenária a Ministra da Cultura, Martha Suplicy, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o candidato ao senado, Eduardo Suplicy, o ministro da casa civil, Ricardo Berzoini, entre outras autoridades do partido.
Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias