Lula vê ataques como reação de incômodo a políticas para pobres

Ex-presidente desafiou oposição a “vencer as eleições” e anunciou sua disposição de defender e lutar contra retrocesso social nas eleições 2018

Foto: Lula Marques/Agência PT

O fato de o Brasil ter promovido a partir de 2003 a inclusão de grande massa de pobres ao mercado de consumo, o acesso à educação superior, à moradia e à eletricidade “incomoda muita gente”, acredita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula falou sobre o assunto na noite dessa quinta-feira (5), durante o encerramento, em Brasília, da 5ª Conferência Nacional do Conselho de Segurança Alimentar (Consea). Ele também criticou a proposta de corte nos recursos do Bolsa Família do relator do projeto de Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

“Para quem tem de sobra, isso não vale nada. Mas para quem tem nada, foi quase um milagre nesse país”, discorreu o ex-presidente, numa defesa intransigente das políticas sociais que permitiram a transformação do país, todas compromissos do PT.

Lula não descarta disputar as eleições 2018, que elegerá o sucessor da presidenta Dilma Rousseff. “Se estiver concorrendo com a gente, um projeto conservador que queira desfazer o que fizemos nesse país, eu estarei na campanha, como cabo eleitoral ou candidato”, avisou.

Sobre a insistência no impeachment, Lula acusou o golpe. “Se eles querem ter um presidente da República, aprendam a exercer a democracia e ganhem as eleições que nem nós ganhamos.”

Para Lula, só o fato de estar ali debatendo tema de uma política pública em audiência de um conselho de estado com a participação popular perturba os críticos.

“Incomoda muita gente um governo que tem um projeto que convida as pessoas para participar da definição das políticas públicas”, disse. “Incomoda muita gente saber que esse foi o governo que mais fez universidades nesse país, que permitiu que o pobre estudasse”, insistiu.

O ex-presidente também mencionou o falecido sociólogo Herbert de Souza (o “Betinho”) como destaque do combate à fome, junto com Josué de Castro, Dom Mauro Morelli e José Gomes da Silva, autor da primeira versão do projeto “Fome Zero” no Instituto Cidadania.

Além disso, ele recordou a participação do seu auxiliar na execução do programa, José Graziano, hoje diretor-geral da Organização das Nações Unidos para Alimentação (FAO).

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do Instituto Lula

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