Mais de 14 milhões de beneficiários do Bolsa Família frequentam a escola

Frequência escolar é requisito para receber o benefício; segundo o Ministério da Educação, verificação de presença em sala entre junho e julho foi de 95,7%

O programa Bolsa Família é responsável por garantir índices cada vez maiores de frequência escolar. Entre os beneficiários, o cumprimento do mínimo de presença em sala de aula foi de 95,7%, entre os meses de junho e julho de 2015. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).

Levantamento acompanhou a frequência escolar de mais de 14,7 milhões de estudantes que recebem a complementação de renda. O estudo identificou que 85% dos alunos tem entre 6 a 15 anos e 75% são adolescentes com 16 e 17 anos. 

A cada dois meses, gestores municipais analisam a frequência de alunos no ensino público no Brasil. No bimestre de junho e julho de 2015, foi verificado que mais de 14,7 milhões de crianças e jovens que recebem a complementação de renda estão indo à escola.

A permanência na escola é requisito exigido para receber o Bolsa Família. Para permanecer ligado ao programa, as famílias também devem manter atualizadas informações como o número de pessoas na família, mudanças na renda, transferência escolar, entre outros, no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. 

As informações servem como base para o governo implementar políticas específicas para ajudar as famílias mais necessitadas. 

O Bolsa Família, desde a criação em 2004, tem garantido o acesso à educação aos estudantes de famílias de baixa renda. O objetivo é transferir renda direta a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com a condição dos filhos entre 6 e 17 anos terem a matricula efetivada na escola, assim como a presença regular em sala.

A diarista Vanuza do Nascimento, moradora da Zona Rural de Sobradinho, cidade a 23 quilômetros de Brasília (DF), atualizou recentemente os dados do programa para garantir o beneficio no valor de R$ 150 reais. A quantia ajuda a custear as despesas com os dois filhos, um de 16 anos e o outro de 9 anos. 

A diarista revela que a partir do momento que passou a receber o dinheiro passou a incentivar mais os estudos dos filhos. 

“O dinheiro não é muito, mas ajuda bastante para comprar comida, por exemplo. Aconselho meus filhos sobre a importância de estudar para não ficar dependente desse dinheiro. Explico que recebemos um valor simbólico para eles estudarem e serem alguém na vida”, conta.

Foi constato por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que na última década a população mais pobre está estudando mais e que o Bolsa Família contribuiu para este resultado. Entre 2003 e 2013, houve aumento de 36% de permanência escolar entre os mais carentes com até 21 anos. 

Dos 27 Estados do país, o Amapá liderou com 99,3% a quantidade de alunos que cumpriram o mínimo de presença em sala de aula. Seguido do Piauí, com 99,1%, e do Acre, com 98,5% de estudantes que frequentam as aulas. 

No sistema de presença foi possível identificar que a Bahia registra maior número de estudantes do Bolsa Família. São 1.936.019 alunos beneficiados. São Paulo conta com 1.706.359 atendidos e Minas Gerais tem 1.424.472 alunos beneficiários. O Estado com a menor quantidade de estudantes dependentes do programa é Roraima, que registra pouco mais de 70 mil atendidos.
 
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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