Mais de 40% dos desmatamentos na Amazônia acontecem em áreas públicas
Campanha lançada nesta sexta-feira (6) cobra ações do governo Bolsonaro, ineficaz no combate ao desmatamento e às queimadas que consomem a floresta
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A Campanha “Seja Legal com a Amazônia”, lançada nesta sexta-feira (6), em São Paulo, tem como objetivo principal cobrar ações do governo federal e da Justiça para inibir a expansão do roubo de terras públicas na região da Amazônia. As áreas de grilagem, após a derrubada da floresta, são usadas principalmente para criação de gado e plantação de soja.
Este tipo de desmatamento, segundo a campanha, é responsável por mais de 40% das áreas de queimadas na região, ou 65 milhões de hectares, duas vezes o tamanho da Alemanhas e 15% da área total da floresta.
“A gente não precisa mais desmatar para crescer, precisa cumprir a lei. O Código Florestal é o elemento central da organização do nosso território produtivo e das nossas paisagens”, disse André Guimarães, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 9 mil focos de incêndio em terras públicas da Amazônia. Outros 3,1 mil focos aconteceram em áreas já demarcadas como zonas de conservação.
De acordo com a campanha, a grilagem é o principal agente de devastação ambiental na Amazônia. Na área de floresta pública, foram registrados 31% dos alertas de desmatamentos deste ano. Por outro lado, segundo dados do Ipam, 33% das queimadas foram realizadas em terras privadas, ou seja, fazendas que já contam com o cadastro ambiental rural (CAR).
Por CUT