Manifestantes fazem ato pela democracia na posse de Lula

Vestidos de vermelho e carregando bandeiras do Brasil, manifestantes defendiam a democracia saudavam Lula como novo ministro do governo Dilma

Brasília- DF 17-03-2016 Manifestantes contra o governo durante posse no planalto. Foto: Lula Marques/ Agência PT

Brasileiros em defesa da democracia ocuparam a Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira (17), para apoiar a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. Vestidos de vermelho e carregando bandeiras do Brasil e de diversos movimentos sociais, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a tentativa de golpe e em defesa da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.

“Estou aqui porque precisamos defender a democracia, defender o que 54 milhões de brasileiros foram às ruas e às urnas, não foi um milhão ou dois milhões. Foram 54 milhões, mais da metade dos brasileiros pra eleger a nossa presidenta. E hoje a nossa democracia está ameaçada e pra defender dessa ameaça nós vamos sim defender Lula como chefe da Casa Civil”, afirmou Mariana Rosa, do Movimento de Mulheres do Distrito Federal.

Para ela, a direita quer atrapalhar a democracia e as conquistas sociais dos últimos anos. “Pra isso eu estou aqui junto com essa militância aguerrida. Vamos defender, ocupar e lutar pela democracia”, completou.

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Manifestação pela democracia e para celebrar a posse de Lula como ministro da Casa Civil. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Presente ao ato, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), fez questão de destacar o caráter pacífico e espontâneo da manifestação.

“Nós estamos aqui em um ato espontâneo. Um ato em defesa da democracia e dos avanços sociais, porque a gente não aceita o retrocesso, o golpe e o que o Moro está fazendo com Lula e com a sociedade brasileira. Viemos aqui dizer em alto e bom som de que nós não vamos aceitar em hipótese alguma nem o retrocesso nem o golpe”, enfatizou.

Porém, o clima de paz não era o mesmo do lado dos manifestantes que pediam a saída da presidenta Dilma. O estudante de Ciência Política, Alessandro Lehmann, foi uma vítima dessa intolerância. Ao passar pela Esplanada dos Ministérios para chegar à Praça dos Três Poderes, Alessandro foi agredido por esses manifestantes.

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Alessandro Lehmann com a camisa rasgada, após agressão

“Eu passei ali e a galera de verde e amarelo simplesmente se amontoou em cima de mim. Eles começaram a me agredir, a jogar garrafa e rasgaram minha camisa, gritando para que eu tirasse a camisa. Me deram um soco no nariz. São um bando de fascistas, covardes, não sabem o que é lutar por uma democracia. É triste. Isso é o fascismo. É isso que eles querem, protestar dessa forma, agredindo as pessoas simplesmente porque estão com uma camisa vermelha, ou defendem uma bandeira”, contou o estudante.



Foto: Lula Marques/Agência PT

Famoso por aparecer na televisão segurando um cartaz com dizeres contra a Rede Globo, o assessor parlamentar Luiz Henrique também foi para frente do Palácio do Planalto defender a democracia.

“A gente veio aqui hoje para receber o ex-presidente Lula de braços abertos como ministro do governo da presidenta Dilma. Ele que foi o presidente que tirou o Brasil do mapa da fome, que tirou milhares de brasileiros da pobreza extrema, veio pra se somar, um cara que tem uma experiência política e administrativa”, destacou.

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Segundo a arquiteta Larissa Antezana, aqueles que defendem a democracia devem mostrar sua força nas ruas. “Vim aqui hoje porque acho que a gente também tem que mostrar nossa força. Acho que essa movimentação contra o governo vem se construindo há muito tempo, eles não aceitaram perder a eleição, tentaram tirar Dilma na Câmara por um rito de impeachment inconstitucional, mas o Supremo barrou. Eles continuam tentando e são apoiados pela mídia golpista, ficam tentando construir um momento de instabilidade e acho que a gente tem que mostrar que não existe apenas esse movimento contrário ao governo. Que também existe o movimento favorável, de defesa”, concluiu.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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