Maranhão faz acordo com MST para reduzir em 30% o analfabetismo

Projeto vai beneficiar municípios com os menores níveis de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O governo do Maranhão e o Movimento Sem Terra (MST) assinaram convênio para reduzir em 30% o número de analfabetos no estado. A iniciativa visa atender, prioritariamente, os municípios que possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O acordo foi fechado entre Secretaria do Estado da Educação e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

O governador Flávio Dino (PCdoB) disse, em entrevista à repórter do MST, Juliana Adriano, que o projeto é importante para mudar um cenário negativo.

“Alfabetizar é um grande desafio, por isso, a gente precisa reunir forças e energia para que, juntos, possamos alcançar bons resultados. O movimento de alfabetização é uma causa muito importante e ainda temos muito o que fazer. Cabe-nos transformar uma realidade injusta”, declarou.

O convênio prevê que a secretaria de Educação indique os profissionais para a Mobilização de Alfabetização, e junto ao MST, faça a coordenação do projeto. O MST será o responsável pela aplicação do Círculo de Cultura e do método “Sim, eu posso” na educação – tradução da forma de ensino cubana “Yo, sí puedo” –, além de fazer o acompanhamento dos alfabetizados.

Para a coordenadora do MST no Maranhão, Maria Divina Lopes, a luta pela educação é tão essencial quanto pela terra. “A partir dessa jornada pela alfabetização, acredito que podemos ser um exemplo de uma experiência massiva de alfabetização e podemos contagiar o país inteiro para erradicar o analfabetismo.”

As cidades inclusas no projeto de alfabetização são: Aldeias Altas, Água Doce do Maranhão, Governador Newton Bello, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Santana do Maranhão, São João do Carú, e São Raimundo do Doca Bezerra.

Segundo dados do MST, no Maranhão, cerca de 20% das pessoas com mais de 15 anos são analfabetas e, no meio rural, o índice é de 40%.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Rede Brasil Atual”

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