Marcia Rosa: Fábrica de Tristeza
Em 1991, privatizada pelo então presidente Fernando Collor de Mello, a Usiminas foi apresentada ao País como modelo de desestatização para o bem da economia e do povo. Agora, quando…
Publicado em
Em 1991, privatizada pelo então presidente Fernando Collor de Mello, a Usiminas foi apresentada ao País como modelo de desestatização para o bem da economia e do povo.
Agora, quando mais a economia precisa dela, e dela os trabalhadores dependem, a direção da empresa anuncia que vai reduzir a quase nada as operações em Cubatão.
Essa medida, fria e calculista, vai colocar 2 mil trabalhadores e trabalhadoras no meio da rua. O impacto social será ainda mais profundo, porque irá provocar uma queda de arrecadação do município de cerca de 20%, algo em torno de 50 milhões de reais.
Como consequência, teremos menos dinheiro para saúde, educação, infraestrutura e segurança.
Mas Cubatão não vai ser atingida sem reagir, até porque todas as cidades da Baixada Santista vão ser prejudicas com essa medida.
Não vamos ficar parados. Disso, cada cubatense pode ter certeza. Iremos a Brasília, vamos buscar ajuda nos movimentos sociais, vamos nos unir regionalmente contra essa violência contra o povo.
No mais, eu pergunto: se eu fosse uma prefeita do PSDB, alguém acha que o governador de São Paulo iria ficar quieto, como está, vendo 2 mil pessoas perderem sua renda e sua dignidade?
Mas vamos vencer assim mesmo, porque essa não é uma questão partidária.
Essa é uma questão de humanidade.
Marcia Rosa é prefeita de Cubatão pelo PT