Minas vai monitorar bens de 350 mil servidores a partir de 2016  

Controlador-geral Mário Spinelli replica na gestão Fernando Pimentel o modelo de atuação no combate à corrupção que identificou dois anos atrás (2013) a “Máfia dos Fiscais” de São Paulo  

Foto: Manoel Marques/Imprensa MG

A partir do ano que vem, os cerca de 350 mil funcionários públicos de Minas Gerais vão ter a evolução do patrimônio pessoal monitorada pelo governo estadual, anunciou nesta quarta-feira (9) o controlador-geral do estado, Mário Vinícius Spinelli.

Spinelli largou o mesmo cargo em São Paulo para assumir no início deste ano a condição de “xerife” da gestão petista de Fernando Pimentel (PT) no estado.

Em São Paulo, o o controlador-geral firmou a imagem de rigoroso defensor da administração pública ao obter sucesso com o monitoramento da evolução patrimonial dos servidores dois anos atrás. Spinelli conseguiu identificar na ocasião, com base em enriquecimento incompatível com a renda, integrantes da chamada “Máfia dos Fiscais”.

Os fiscais da Secretaria da Fazenda paulista acabaram denunciados por desvios de até R$ 500 milhões dos cofres públicos, ao negociarem com empresários a exclusão ou redução de multas por irregularidades, mediante pagamento de propinas.

“Utilizaremos esse mesmo tipo de controle, que culminou com a identificação da máfia dos fiscais. Ele analisa se o agente possui patrimônio compatível com o salário que recebe”, explicou, conforme registro da “Agência Estado”.

Segundo ele, a implantação do novo padrão de fiscalização passa no momento pelo desenvolvimento da sistemática de operação. “Acredito que a partir do ano que vem esse modelo já comece a ser usado aqui”, diagnosticou.

Spinelli fez o anúncio ao participar da cerimônia de abertura 11° Encontro Nacional de Controle Interno, organizado pela Controladoria estadual e pelo Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci).

Nos últimos meses, a equipe da Controladoria de Spinelli constituiu uma força-tarefa para análise de 434 procedimentos disciplinares, que resultou na demissão de 126 servidores estaduais por motivos diversos, inclusive corrupção.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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