Na contramão do mercado, Ipea revisa PIB deste ano de 3,3% para 3,5%

Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na quarta (18), contraria previsões alarmistas da Faria Lima mais uma vez

Divulgação-Volskswagen/Site do PT

PIB em expansão: Na 'Visão Geral da Conjuntura', o Ipea detalhou o bom momento da atividade econômica

A narrativa obsessiva de crise econômica no país, disseminada pelo capital especulativo contra o governo Lula, não consegue encontrar respaldo nos números. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acaba de revisar para cima o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, elevando o índice de 3,3% para 3,5%.

A Visão Geral da Conjuntura, relatório contendo análise detalhada da economia do Brasil e do cenário externo, foi divulgada pelo Ipea na quarta-feira (18). O documento – assinado pelos economistas Claudio Roberto Amitrano, Mônica Mora Y Araujo e Claudio Hamilton Matos do Santos – atribui o bom desempenho do PIB deste ano ao crescimento acelerado da demanda interna.

“Nesse sentido, mesmo prevendo nova desaceleração do PIB no quarto trimestre com altas de 0,3% na comparação com ajuste sazonal e de 3,8% sobre o mesmo período do ano passado, chegaríamos a um crescimento acumulado de 3,5% para 2024”, indica o estudo.

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Essa nova projeção confirma, mais uma vez, os equívocos da Faria Lima, para quem o crescimento pífio da economia é a grande aposta. “Os grandes erros das expectativas de mercado verificados em projeções muito mais curtas – como para o PIB em um dado ano ou no ano posterior – evidenciam as dificuldades envolvidas em projeções para horizontes mais prolongados”, ponderam os economistas.

O Ipea expôs ainda o novo modus operandi dos especuladores contra o governo: “É crescente o número de analistas que mencionam – admitidamente sem cálculos precisos a respeito – a possibilidade de que o país esteja se aproximando de um cenário de “dominância fiscal” no qual os aumentos na taxa de juros pelo Banco Central (BC) não são capazes de conter a inflação por conta do tamanho elevado da dívida pública”.

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Enquanto o nível dos preços segue sob controle, o BC ameaça o país com a escalada da taxa básica de juros, a Selic, podendo chegar a 14% ao ano em 2025, segundo os mais alarmistas. Esse seria o encargo mais oneroso do mundo, ultrapassando o praticado na Turquia atualmente: 13,3%.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar em 1 p.p. a Selic, atingindo o patamar de 12,25% ao ano.

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Pesquisa Quaest

Há quem diga que os ataques ao governo se intensificaram depois que o instituto Quaest revelou, há pouco mais de uma semana, pesquisa eleitoral mostrando que nenhum dos nomes desejados pelos especuladores para impor a agenda neoliberal ao país conseguiria vencer Lula ou mesmo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), em 2026. Para o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o mercado sofre de pânicos seletivos.

“‘Em 4 anos de governo, o Bolsonaro furou o teto [de gastos] em 795 bilhões de reais’. ‘Quem destruiu a PEC de gastos foi o governo Bolsonaro’. Onde estava o mercado nesses momentos? Por que não houve pânico? Acho que todos sabemos a resposta!”, questionou o parlamentar, por meio do X.

Na mesma rede social, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fez a defesa enfática da administração Lula e do processo de reconstrução do Brasil.

“O governo do presidente Lula está a todo vapor na recuperação das rodovias brasileiras! Hoje recebi a ótima notícia do ministro Renan, dos Transportes, que foi homologada a licitação para obras na BR 476, na região sul do estado do Paraná. Também me falou que, nestes dois anos, fizeram 9 leilões rodoviários no Brasil, atraindo R$ 100 bilhões em investimentos privados”, comemorou Gleisi.

Da Redação

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