“Não teremos menos de 200 votos neste plenário”, diz Guimarães
Líder do governo na Câmara diz que povo não participa da tentativa de golpe e que impeachment não é saída da crise
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A tentativa de golpe contra a presidenta, Dilma Rousseff, em votação marcada para o próximo domingo (17), será derrotada com pelo menos 200 votos no plenário. A avaliação partiu do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).
“O que está sendo feito é propagar aos quatro cantos que já têm votos para o impeachment. Mas nós não teremos menos de 200 votos neste plenário”, afirmou Guimarães. “A minha manfiestão é de alegria em saber que o país se unificou em torno da democracia e da normalidade democrática, gente que está se mobilizando e gritando fora golpe!”
O líder do governo no Congresso questionou a motivação que sustenta a abertura de processo de impeachment contra a presidenta, a baixa popularidade e um governo mal avaliado. “A todos aqueles que sobem nesta tribuna, e eu ouvi vários deputados do PMDB, pergunto para eles: é motivo para cassar o governador do Rio Grande do Sul sua popularidade tão baixa?”, questionou.
“É motivo para cassar o governador do Rio de Janeiro, que está com 5% de aprovação e não está conseguindo cassar os salários? É motivo para cassar o governador de Goiás? Denunciado até as tampas no escândalo do Cachoeira e não vejo ninguém falar.”
Guimarães ressaltou que o povo “não está sendo chamado para participar desse processo” e que o golpe contra Dilma não irá resolver a crise brasileira.
“E as pedaladas que foram praticadas por outros governos e pelo vice-presidente? Temer presidente e Eduardo Cunha vice é a saída para o Brasil? Temos compromisso com a democracia. Podemos até ter eleições gerais, mas jamais ter uma eleição indireta dentro deste parlamento. Não é saída para a crise econômica, para a crise política”, disse. “Esse impeachment não tem outro nome a não ser golpe de Estado dado por aqueles que não têm voto para governar o Brasil.”
Combate à corrupção?
Para José Guimarães, muitos apoiadores do Impeachment acusam o PT de corrupção e até mesmo de desvio de dinheiro público, e se esquecem de que a presidenta Dilma nunca foi acusada de cometer este tipo de crime.
“Vocês atacaram tanto e deviam se dar conta, quando falarem de corrupção, de que precisam cuidar daquilo que praticaram em vossos estados: cuidem do mensalão mineiro, do merendão paulista”.
Ele lembrou ainda que as gestões do PT são as únicas que permitiram que casos de corrupção fossem investigados. “Nosso governo permite apuração. Não constitui engavetadores gerais da república. Dizer, portanto, que isso justifica afastar a presidenta da república é algo deplorável. O mundo inteiro está olhando para o Brasil, e estão escandalizados”.
O deputado afirmou estar otimista diante da possibilidade de acontecer impeachment. “Eu duvido, eu estou seguro, que a oposição que está cantando que tem 342 tenha 342 votos domingo. Não somos nós que precisamos de 342 votos”.
Da Redação da Agência PT de Notícias
