“Nós precisamos ter ousadia pra inovar e nos transformar”, diz Gabriel Medina
Em entrevista ao Portal e a Rádio Linha Direta, o secretário Nacional de Juventude falou dos primeiros dez meses na secretaria nacional de juventude e a 3ª Conferência Nacional de Juventude, que ocorrerá em dezembro, em Brasília, no Distrito Federal
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Psicólogo, com 32 anos, natural de Araraquara, interior paulista, Gabriel Medina tem larga trajetória nos movimentos de juventude. Em 2008, foi candidato a vereador em Araraquara, no interior paulista, ficando como primeiro suplente, cargo que também disputou, em 2012, na capital São Paulo.
oi presidente do Conselho Nacional de Juventude, o Conjuv, órgão ligado à Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, e coordenador de Juventude, pasta da Secretária de Diretos Humanos da Prefeitura de São Paulo, e desde janeiro deste ano assumiu o posto de secretário nacional de juventude, órgão ligado à secretaria geral da Presidência da República.
Em entrevista ao Portal e a Rádio Linha Direta, o secretário Nacional de Juventude falou dos primeiros dez meses na secretaria nacional de juventude e a 3ª Conferência Nacional de Juventude, que ocorrerá em dezembro, em Brasília (DF).
Gabriel faz um balaço positivo dos primeiros dez meses da gestão da secretaria nacional de juventude. “Diante dessa conjuntura, a secretaria buscou apresentar uma narrativa que vem da apresentação do Estatuto da Juventude. Nós tivemos uma grande conquista em 2013 e o nosso esforço desse segundo mandato é fazer com o que os direitos presente no Estatuto possam se configurar no plano de governo nos próximos quatro anos. Então, o nosso esforço foi muito grande de primeiro estruturar um Plano Plurianual (PPA), onde pudéssemos configurar a juventude dialogando com várias pastas do governo. Hoje, o PPA que está sendo enviado ao congresso. Lá, a Secretária Nacional de Juventude consegue ter uma relação com nove ministérios, isso é bastante significativo”, diz.
Medina avalia que a conjuntura está muito difícil e não é simples. Segundo ele, a direita jogou muito peso na tentativa de um terceiro turno.
Em 2015, acontece a 2ª Conferência Nacional de Juventude, que ocorrerá em dezembro, em Brasília. A atividade terá como foco o controle social das políticas públicas de juventude e seu tema é “As várias formas de mudar o Brasi”.
Prioridade da secretaria, a Conferência vai debater formas de mudar o Brasil. “Nós achamos fundamental conectar esse projeto de mudanças com o que a juventude vem fazendo. A política de juventude não pode ter só um caráter estatal. Existe uma dimensão hoje do ativismo muito forte da juventude, seja pela comunicação, seja pela cultura, pela universidade, pela produção de conhecimento, pelos trabalhos comunitários que precisam estar conectados por essa dimensão de mudança do Brasil e a secretária tem tentado ter um pouco esse canal de ligação e estímulo”, explica.
Segundo ele, as mobilizações estão intensas e ele espera que mil cidades realizem suas etapas municipais. “Nós já tivemos mais de 500 etapas que já mandaram os seus relatórios até agora. Nós queremos chegar até mil municípios. Acho muito significativo, pelo momento que o país vive (…) é uma conferência marcada pela diversidade, pela tolerância, pela defesa dos direitos humanos e é com essa cara queremos a conferência”, ressalta.
Ao final da entrevista, Medina conclamou a juventude brasileira e petista a se mobilizar. “O nosso projeto transformou muito o país, nós vivemos uma geração mais escolarizada, que acessou mais a universidade, uma geração que a juventude negra ocupou mais espaço de poder. Nós fizemos muitas mudanças no Brasil, transformamos muito essa nação, mas essa juventude não se contenta com isso, é uma juventude que quer mais, que quer melhorar sua vida ainda que profundas transformações exigem mais qualidade e mais intensidade nas políticas públicas. Quero deixar um recado a juventude do PT, que nós precisamos ter ousadia pra inovar e nos transformar. É o momento da gente conseguir reconhecer que as nossas práticas, as nossas formas de fazer política profundamente transformadoras para que a gente possa se conectar com essa juventude que está mais esperançosa, uma juventude conseguiu ascender socialmente e é uma juventude que precisa, certamente, ser mais ouvida e mais incorporada nesse projeto de mudança”.
Por Elineudo Meira, para o portal “Linha Direta”
Ouça a íntegra da entrevista :