Nossas afirmações não chegam ao leitor, diz Dilma em crítica à mídia

Na data em que são comemorados os 60 anos da morte de Getúlio Vargas, Dilma fez críticas à atuação de setores da imprensa.

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Segundo Dilma, tem horas que as informações não chegam aos leitores como deveriam

A crítica à atuação de parte da imprensa brasileira partiu da presidenta Dilma Rousseff, neste domingo (24), durante entrevista coletiva. Ela buscou explicar dados desencontrados divulgados nesta semana sobre supostos atrasos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), como a transposição do Rio São Francisco, que garantirá segurança hídrica a parte do Nordeste.

“Vocês têm que mostrar e provar que tem atrasos de tantos dias”, desafiou

“Porque tem horas que as afirmações nossas não chegam ao leitor. Nós afirmamos, não há esse atraso”, enfatizou Dilma.

Na semana passada, durante o programa eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também disparou críticas à atuação de setores da imprensa.

“Na minha primeira campanha, a esperança venceu o medo e nesta da Dilma a verdade vai vencer a mentira”, garantiu.

A crítica de Dila à atuação da mídia coincide com a data que marca os 60 anos da morte do então presidente da República Getúlio Vargas, que suicidou-se para impedir um golpe de estado.

A presidenta  convidou para almoço no Palácio da Alvorada o jornalista Lira Neto, autor de trilogia biográfica sobre o ex-presidente.

Ela elogiou a pesquisa minuciosa realizada por Neto e destacou a importância de se ter conhecimento da história para compreender a construção da nação brasileira.

“Não se trata de querer reproduzir, agora, uma época, mas de se perceber que a história é essencial não só para conhecer o que aconteceu nesse período, mas também para entender o presente e o futuro”, disse.

Dilma ressaltou a importância de Vargas e citou algumas medidas positivas de seu governo, como a criação da legislação trabalhista, a defesa de uma empresa nacional de petróleo, a Petrobrás, e o incentivo à indústria siderúrgica no País.

Estilo – A presidenta também rebateu críticas sobre seu estilo de governar e lembrou que o chefe do poder Executivo tem obrigações claras definidas pela Constituição.

“Não é uma questão de ser gerente ou não. Isso é uma visão tecnocrática do problema”, contou.

“ Um presidente é executor também. Ele não é, pura e simplesmente, um representante do poder. E eu tenho certeza que o povo brasileiro sabe disso,” destacou.

Dilma afirmou que não se pode confundir pessoas com instituições e que se pessoas cometem erros, malfeitos ou atos de corrupção, não significa que as instituições tenham feito isso. “A Petrobras é muito maior que qualquer agente dela”, finalizou a presidenta.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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