Nota da Smad sobre as enchentes em Minas Gerais

As enchentes provocadas pelas mudanças climáticas são agravadas pela destruição das matas ciliares nos rios nos diversos estados brasileiros, além dos biomas que nos protegeriam naturalmente de grandes inundações

Site do PT

Coletivo Nacional da Smad 2022

A Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores agora se solidariza com o povo mineiro, que vive um dos maiores desastres ambientais de sua história, com 145 municípios até o dia de ontem em situação de emergência por causa das enchentes em Minas Gerais. Foram contados até agora 19 mortos em Minas, que se somam aos atingidos por eventos climáticos extremos em outros estados. No Brasil, desde que as chuvas torrenciais atingiram a Bahia em dezembro do ano passado, já morreram 45 pessoas e 109 mil ficaram desabrigados.

O PT se solidariza com todos os atingidos e participa da mobilização para arrecadar alimentos e materiais para aliviar o sofrimento das vítimas. Registramos que a solidariedade do povo brasileiro mais uma vez fica evidente nas mobilizações em todo o país e essa solidariedade é uma peça fundamental para superarmos as dificuldades atuais e prevenir futuros desastres.

Estamos vivendo a continuidade de fenômenos climáticos extremos, resultado da crise climática que o planeta já está atravessando, que se expressa em secas, incêndios, tornados, ciclones e enchentes com uma frequência muito acima do normal em todo o planeta, além da elevação do nível do mar que já está afetando a vida de milhões de pessoas no mundo e no Brasil, a exemplo dos que plantam Açaí no Amapá no arquipélago Bailique, e o tem como principal fonte de renda. A elevação do nível do oceano Atlântico sobre o rio Amazonas está salgando o fruto e comprometendo a própria sobrevivência de 14 mil moradores. As enchentes provocadas pelas mudanças climáticas são agravadas pela destruição das matas ciliares nos rios nos diversos estados brasileiros, além dos biomas que nos protegeriam naturalmente de grandes inundações.

Seguindo o exemplo do que já realizamos nas gestões de Lula e Dilma, que reduziram os desmatamentos da Amazônia, região essencial para garantir o equilíbrio ecológico global, em mais de 80%, precisamos agora dar início a uma ampla transição ecológica que torne a emissão de carbono neutra, impeça imediatamente a destruição dos biomas amazônico, do Pantanal, do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica. Ao mesmo tempo, é necessário iniciarmos o reflorestamento desses biomas como pré-condição para diminuirmos os efeitos da crise climática.

Penildon Silva Filho
Secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Salvador, 11 de janeiro de 2022

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