Nota da Bancada: violência fascista contra a caravana de Lula
Bancada do PT denuncia ao mundo o aprofundamento da ruptura da democracia no Brasil e a violência política crescente contra a esquerda
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A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados repudia os atos fascistas de setores da direita agrária do Rio Grande do Sul durante a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo estado, iniciada na última segunda-feira (19).
Desde a atividade inaugural da caravana, na cidade de Bagé, um grupo assumiu funções de milícia e passou a seguir e a atacar os veículos da comitiva com pedras e outros objetos. Além disso, os milicianos também agrediram apoiadores do PT – como um grupo de quatro mulheres vítimas da violência fascista em Cruz Alta – e outras pessoas que acompanham a passagem de Lula em cada local do trajeto.
Desde o primeiro dia da caravana, as autoridades locais, estaduais e federais – inclusive o governador do estado e os ministros da Segurança Pública e o da Justiça – foram notificadas e cobradas pelo PT quanto às ameaças e às ações violentas concretas dos milicianos. Apesar disso, a beligerância das milícias rurais não cessou e, em alguns momentos, até se incrementou.
O ápice dessa violência ocorreu nesta sexta-feira, 23, em Passo Fundo, onde a estrada de acesso à cidade foi bloqueada e ônibus de passageiros foram apedrejados pela turba fascista que – julgando estar diante da delegação do ex-presidente – ainda se considera detentora dos privilégios dos senhores da casa grande dos tempos coloniais.
Diante disso, denunciamos ao mundo o aprofundamento da ruptura da democracia no Brasil, processo composto por uma série de medidas de exceção adotadas diante da omissão – e da cumplicidade, em muitos casos – do Estado frente à violência política crescente contra a esquerda em geral e o PT em particular.
Enquanto parlamentares eleitos pelo voto popular para representar as bandeiras do Partido dos Trabalhadores, continuaremos a fazer o debate público em todos os rincões do País e não seremos intimidados por quem quer que seja. A caravana Lula pelo Brasil seguirá até o final, sempre defendendo com firmeza o seu direito a ser candidato a presidente nas eleições de outubro.
Por Paulo Pimenta, (PT-RS), líder do partido na Câmara dos Deputados