O capitão, o coach e o futuro do país, por Padre João
Marçal não tem o interesse de debater melhorias e ideias para São Paulo, só quer se eleger aponta Padre João
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Nada está ruim que não possa piorar. A ascensão da extrema-direita nos coloca muito em reflexão em qual caminho do futuro do país vamos construir. Vivemos um país adoecido fruto de um fascismo construído nas fake news e com ajuda da mídia e das big techs. É uma sociedade do cansaço que sofreu seis anos de desconstrução das políticas públicas, da pobreza, do desemprego e da mentira.
Nesses momentos surgem os falsos profetas com promessas lindas no papel, forçam todos os limites do possível, questionam as instituições democráticas e decolam nas pesquisas. Pobre eleitor que quer somente um futuro melhor.
Jair Messias Bolsonaro cresceu nas eleições fazendo arminha e dizendo que ia metralha a esquerda. Seu lema era combater a corrupção. O maior líder da extrema-direita é um capitão fracassado que chegou ao poder e foi o pior presidente da história, matando 700 mil em uma gestão de pandemia carregada de negacionismo e lucro com remédios comprovadamente ineficientes para a doença indicada. Os seus feitos/roubos são manchete diariamente nos jornais. A questão é quando ele será preso.
Falando em cadeia, vamos falar do líder em ascensão desse grupo. Ao contrário de Bolsonaro, ele já foi preso. Pablo Marçal era componente de uma quadrilha que aplicava golpes bancários em idosos. Foi descoberto, preso e delatou os seus companheiros para se livrar da cadeia. Depois investiu na carreira de coach. Enganar é a principal característica dele.
Marçal disse que tudo é fruto da mente e levou 32 pessoas para subir um dos picos mais difíceis do país. O resultado foi quase morte, resgate dos bombeiros. A polícia investiga. O coach promoveu uma maratona surpresa de 42 quilômetros para os seus funcionários. A mente os levariam até o fim. Foi o caso de Bruno, mas o fim foi da sua vida.
Não surpreende a boçalidade de Pablo Marçal, que usa dos debates para gerar recortes bombásticos para as suas redes. Ele não tem o interesse de debater melhorias e ideias para São Paulo, só quer se eleger. O que mais assusta não é a sua atitude, mas sim a hiper normalização da mídia na cobertura jornalística e as big techs (redes sociais) distribuindo ainda mais vídeos carregados de mentiras para a população. Vale tudo pela audiência.
Cada vez mais vemos uma população cansada, doente e sofrendo. A xenofobia, a intolerância, a violência e o racismo não gera mais reação. O cansaço cognitivo, carregado pela sociedade marcada pelo bombardeio neuronal, como as redes sociais, excesso de informações, a briga pela atenção, o trabalho precarizado e vida cada vez mais medíocre, e a hiper normalização andam juntos.
Nessa sociedade doente e que só luta para sobreviver surgem esses nomes como esperança. E como fica o futuro? Para mim a fé sempre foi a força para seguir lutando. Eu tenho fé no nosso povo, no nosso presidente e no Brasil. Não descansarei enquanto for preciso lutar por vocês. O futuro digno não é feito por promessa e feito com trabalho.