Ofensiva à Petrobras quer apequenar o Brasil, diz Saturnino Braga
Em artigo publicado no site Carta Maior, o nacionalista Saturnino Braga condena a tentativa de depreciar a maior empresa brasileira
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A ofensiva demolidora que ora desaba sobre a Petrobras pretende, no imediato, a tomada dos campos do pré-sal. Vai muito além, todavia.
A Petrobras tem uma história rica e densa, de mais de sessenta anos, que a faz, indiscutivelmente, um símbolo do desenvolvimento do Brasil ou, mais que isso, um símbolo da própria Nação Brasileira.
Desde o tempo primeiro, quando a melhor técnica do mundo afirmava que o Brasil não tinha petróleo, até a fantástica descoberta do pré-sal, passando pelos primeiros campos da Bahia e pelos da Bacia de Campos, o êxito incontestável e brilhante, exclusivo da Empresa, das suas equipes técnicas e administrativas, constituiu-se numa vitória exemplar que se erigiu em um verdadeiro símbolo da capacidade brasileira, da competência técnica e gerencial dos brasileiros, um símbolo do desenvolvimento do Brasil. Um símbolo, sim, da afirmação nacional capaz de silenciar o cantochão derrotista dos que nunca acreditaram no Brasil, e acachapar o grupo dos espertos que se associaram aos interesses da dominação, nutrida do atraso do País.
A Petrobras é muito mais do que a nossa maior empresa, a maior empresa da América Latina, uma das maiores do mundo; é um símbolo que esplende como um atestado firme da capacidade empreendedora e científico-tecnológica dos brasileiros.
É símbolo também da luta histórica, da luta política da afirmação nacional, uma luta que arregimentou multidões para enfrentar poderes gigantescos, e que venceu: a Petrobras é o símbolo do nacionalismo brasileiro.
A ofensiva demolidora que ora desaba sobre ela pretende, no imediato, a tomada dos campos do pré-sal. Vai muito além, todavia, e visa a apequenar a desenvoltura que o Brasil tomou no mundo: na América do Sul, na África e na aliança dos Brics, esta que abre uma nova alternativa de desenvolvimento capaz de superar aquela imposta pelo grande capital através do Banco Mundial e do FMI.
Esses objetivos ficam evidentes diante da gritante desproporção entre a massa de denúncias desfazedoras produzidas, ampliadas e trombeteadas diariamente pela grande mídia, e o real conteúdo de toda essa barulhada.
Houve corrupção na empresa? Sim, inegavelmente, e é indispensável que seja apurada e punida. É de agora essa corrupção? Não; as mesmas denúncias mostram que é antiga; só cresceu muito nos últimos anos. Descoberta só agora toda esta ladroagem, por quê?
Primeiro porque cresceu muito, cresceu com o próprio movimento financeiro da Empresa e tronou-se obviamente mais visível.
Segundo, porque o empenho em combater a corrupção também cresceu nos últimos anos, com o afastamento dos engavetadores e com a liberdade de atuação dada à Polícia Federal. Prova deste avanço é o número recorde de desbaratamentos de quadrilhas de roubo e fraude que atuavam no País.
Mas há um terceiro fator importante: a espionagem sofisticada que se concentrou sobre a Petrobras depois da aprovação da Lei do Pré-sal e começou a enviar drones, vindos não se sabe de onde, com mensagens informativas para a nossa “mídia investigativa”.
Bem, é mais um episódio desta luta histórica que criou e desenvolveu a Petrobras, que fez dela um símbolo nacional tão importante quanto a nossa bandeira e o nosso hino, um símbolo mais consistente porque construído sobre o esforço e a competência do trabalho dos brasileiros. É mais um episódio que, como os outros, será vencido pelos brasileiros, que já se mobilizam para o enfrentamento.
Registro, com orgulho, a bela e enérgica iniciativa tomada pelo Clube de Engenharia em conjunto com outras entidades brasileiras de grande prestígio: a Aliança pelo Brasil.
Venceremos, com certeza; e o símbolo ganhará mais força e mais brilho, para continuar iluminando e balizando o desenvolvimento do Brasil.
Roberto Saturnino Braga é engenheiro. Com votos da cidade e do estado do Rio de Janeiro elegeu-se vereador, prefeito, deputado federal e senador da República