Pablo Pedroso Louzada Lima: PT deve sair dessa batalha mais forte
“Mais democracia significa mais ação militante”, avalia bancário e filiado ao PT; em sua opinião, partido deve voltar às bases
Publicado em
O processo histórico em que vivemos, deve ser analisado levando em consideração as etapas de evolução que o conservadorismo nacional vem apresentando nos últimos anos.
Desde a eleição do presidente Lula em 2003, os adeptos da direita retrógrada não assimilaram a revolução social que pela primeira vez na história do país, que estava em curso pelo governo. Na primeira ocasião em que surgiu denúncias de toda ordem, muitas delas levianas, a elite utilizou-se da mídia para sangrar o governo e nosso projeto civilizatório, onde as classes mais oprimidas estavam tendo mais oportunidades de melhoria de vida.
Desde 2013, as elites souberam aproveitar das instabilidades para patrocinar grupos fascistas que souberam se utilizar das redes sociais para angariar apoio, usando os motes da crise ética e crise moral. Os conservadores se estruturaram na medida que enfraqueciam as teses defendidas por nós progressistas.
O avanço fascista se deu por conta de erros de tática de nossa parte e da parte do governo. Atualmente, devemos promover um intenso debate, fazendo uma séria e ousada autocrítica, para que erros do passado sejam evitados.
As alianças de governabilidade deixaram-nos reféns de um sistema arcaico e corrupto. O preço que pagamos foi muito caro. Ao aceitar as teses econômicas do capitalismo neoliberal nas medidas de ação contra a crise, caímos na armadilha preparada pelas elites.
Precisamos retomar nossa fé em uma economia alternativa, mais socialista, menos dependente do famigerado mercado e aprofundar o projeto de inclusão social, recuperando assim os direitos sociais vilipendiados pelos oportunistas reacionários.
Precisamos fortalecer as relações com a militância, que é a força do movimento socializante. Devemos nos reaproximar das bases e dos locais de trabalho, ampliando debates e incluindo ainda mais os militantes de forma que as discussões sejam relevadas e estudadas pelas instâncias superiores do partido. Mais democracia significa mais ação militante.
O PT pode e deve sair deste momento turbulento, ainda mais forte e democrático. O povo está conosco nessa batalha. Saibamos mudar ouvindo e interpretando corretamente os clamores das ruas e da militância.
Pablo Pedroso Louzada Lima, bancário e filiado ao PT desde 2003 de Aparecida de Goiania (GO)
ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores