Para CUT, clima de golpe é turbinado pela imprensa

Segundo o presidente da entidade, direita brasileira não aceita resultado da eleição e impõe crise permanente para desestabilizar o governo federal

1º de Maio, dia de luta e celebração

A defesa da democracia deve unir movimentos sindical e sociais para que ocupem as ruas, defendeu o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

Em entrevista ao “Portal da Central” publicada nesta quinta-feira (6), ele alertou para o clima de “golpe” instalado no país, com ramificações no Judiciário, no Legislativo e turbinado pela imprensa corporativa.

O presidente da CUT destacou que o golpismo está embutido numa espécie de “3º turno” e lembra: “Nenhum golpe trouxe benefícios aos trabalhadores. Ao contrário, financiados por setores empresariais, ajudaram a impedir avanços ou desconstruir conquistas”.

“Nós estamos muito preocupados com a atual situação de intolerância e ousadia da direita brasileira, que desrespeita os valores básicos da convivência democrática, do direito do outro, não aceitando o resultado da eleição e impondo ao Brasil uma crise permanente criada por perdedores para desestabilizar o governo federal”, disse.

“Isso tem prejudicado demais o País, paralisa a economia e quem paga o pato são os trabalhadores”, ressaltou Freitas.

Ele associou essa operação conservadora a um objetivo de derrubar o governo e também inviabilizar o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais adiante.

“É possível, natural e salutar que o governo tenha apoiadores e questionadores, quem concorda ou não, como é na democracia, e que todos possam manifestar sua opinião, inclusive nas ruas. Agora, golpismo, não”, enfatizou.

Para o sindicalista, a oposição política e midiática “perdeu a vergonha de mentir”, mas ninguém é cobrado quando suas histórias são desmentidas e desmascaradas.

Atentado contra o Instituto Lula – A hostilidade de setores da política e da imprensa contra Lula, segundo Freitas, desencadeia uma onda de atitudes de ódio e intolerância, com o episódio da bomba atirada contra a sede do Instituto Lula, na última sexta-feira (31).

“O atentado contra o Instituto de um ex-presidente da República, que como qualquer ex-presidente, continua sendo autoridade nacional, representa o fim da linha da intolerância que está sendo construída por quem perdeu as eleições e promove uma caça ao PT e aos movimentos sociais”, afirmou Freitas.

A CUT prepara uma nova manifestação de apoio diante do escritório do ex-presidente no próximo dia 16 de agosto. E articula junto com outras organizações populares uma nova manifestação, em todo o país, no dia 20 deste mês.

Ele defendeu que outros temas também devem unir os movimentos, como a retomada de um projeto de governo com justiça, inclusão social, distribuição de renda e trabalho decente.

O presidente da CUT observa que, para os movimentos sociais, estar nas ruas em defesa direitos sociais e dos trabalhadores é uma forma também de cobrar do governo que retome o apoio de sua base social trilhando o caminho para o qual foi eleito.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual

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