Para deputado, população reagirá e resistirá a qualquer tentativa de golpe contra Dilma
Segundo o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), o que se está armando é um golpe e não um processo legal e constitucional de impeachment. Para ele, a população não aceitará passivamente que a presidenta eleita seja afastada
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O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) acredita que haverá reação popular e resistência da sociedade, em caso de golpe da oposição contra a presidenta Dilma Rousseff.
Em entrevista ao “Brasil 247”, publicada nesta quarta-feira (30), o ex-presidente da OAB-RJ afirmou que a resistência ao golpe será em todas estas frentes, com “guerra jurídica, política e nas ruas contra o golpe travestido de impeachment”, em defesa da democracia, do voto popular e do mandato da presidenta eleita e forma legítima.
“Não vamos permitir a derrubada de uma presidente a quem não se pode imputar qualquer delito classificável como crime de responsabilidade, que não desonrou a presidência da República nem cometeu qualquer ato que justifique a abertura de processo de impeachment”, garantiu.
Segundo o deputado, há diferença entre discordar do governo e apoiar a ruptura democrática. “Estamos falando da defesa da legalidade e temos convicção de que a população não aceitará passivamente que a presidente eleita seja afastada”, destacou.
“Impopularidade ou adversidade econômica não podem ser motivos para impeachment. Se formos por este caminho, vamos gerar um padrão de instabilidade política muito nocivo ao País. Se criarmos aqui a cultura do golpismo permanente, hoje a vítima pode ser Dilma e amanhã poderão ser os próprios propositores deste impeachment heterodoxo, carente de fatos e de base jurídica. A grande vítima, na verdade, será a democracia e o povo brasileiro, que não merecem isso”, disse.
Para o petista, “o que se está armando é um golpe parlamentar e não um processo legal e constitucional de impeachment”.
Damous lembrou que entre os propositores do processo de impeachment, alguns respondem na Justiça por atos de improbidade e são réus em ações penais. E também questionou as acusações do Tribunal de Contas da União.
“Não vamos aceitar acusações de um tribunal de contas que tem o presidente e outros ministros mencionados por delatores da Lava Jato como tendo recebido vantagens indevidas em troca de sentenças”, enfatizou.
Leia a entrevista completa.
Da Redação da Agência PT de Notícias