Para Dilma, pedidos de impeachment colocam em risco a democracia

Em entrevista à rede de TV norte americana CNN, a presidenta falou que a democracia ainda está na ‘adolescência’ e que foi em seu governo que foram dadas condições para que se investigassem os casos de corrupção

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, em entrevista à rede de TV norte americana CNN, que as tentativas de abrir um processo de impeachment contra ela colocam em risco a democracia brasileira. A entrevista, concedida durante visita oficial da presidenta aos Estados Unidos no mês de setembro, foi ao ar apenas neste domingo (25).

“Nós temos de ter muito cuidado com essa questão pela seguinte razão: nossa democracia ainda está na adolescência”, alertou durante a entrevista.

Para a presidenta, o grande problema daqueles que pedem pelo impeachment é a falta de motivação. Dilma reforçou a importância do governo petista para a abertura de investigações contra a corrupção e para a ampliação das condições para que as instituições pudessem seguir com as investigações.

Ela lembrou que as eleições presidenciais em 2014 foram muito disputadas e lamentou que essa disputa não tenha terminado após o fim do processo eleitoral.

“Depois que as eleições acabam, você restabelece as relações políticas. Mas não foi o que aconteceu desta vez”, enfatizou.

Ao ser perguntada sobre o período em que foi presa e torturada durante a ditadura militar, Dilma respondeu que sua trajetória de vida reflete na trajetória do Brasil.

Segundo ela, a forma de superar a tortura é ser capaz de sair disso sem ódio, sem sentimento de vingança ou perseguição, “mas com a firme convicção de nunca mais permita que seu país, sua nação, volte a praticar esse tipo de tortura por motivos políticos ou por qualquer outro motivo”.

Ao falar de economia, a presidenta enfatizou que o maior valor conquistado nos últimos 12 anos é que o Brasil evoluiu para se tornar uma economia de classe média com um grande mercado consumidor.

“E nós tiramos da pobreza 36 milhões pessoas em um período bem curto, entre 10 a 12 anos. E nós elevamos para a classe média 40 milhões de pessoas. O Brasil costumava ser um país predominantemente pobre e tem se tornado um país predominantemente de classe média”, destacou.

Um dos legados da gestão atual, segundo Dilma, será o de ter aproveitado a “dolorosa experiência” da crise econômica para construir as bases para um próximo ciclo de crescimento do País.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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