Paralimpíadas Escolares é celeiro para grandes nomes do esporte nacional
Evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro reúne 600 jovens atletas em São Paulo
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O nadador Andrey Pereira Garbe, de 17 anos, é recordista brasileiro paraolímpico na prova dos 100 metros costa. Exemplo para muitos adolescentes, ele acaba de conquistar mais uma importante medalha para a carreira, nas Paralimpíadas Escolares.
Assim como Garbe, a largada profissional no esporte é dada por centenas de atletas na competição, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Este ano, as provas acontecem em São Paulo (SP), de 25 a 27 de novembro. “Foi aqui que tudo começou, seis anos atrás. Era uma grande oportunidade de crescer e hoje é uma competição que dou ainda mais valor”, conta o atleta.
As Paralimpíadas Escolares reúnem mais de 600 atletas, de 12 a 17 anos, de 24 estados e do Distrito Federal. Pela segunda vez, o evento recebeu também uma delegação da Grã-Bretanha, com 17 estudantes competindo na natação e no atletismo.
Os jovens disputam em sete modalidades: atletismo, bocha, goalball (futebol para cegos), judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Criada em 2006, a competição tem o objetivo de estimular a prática esportiva entre jovens com deficiências. É considerada também uma importante vitrine para os novos atletas.
Vários bem sucedidos atletas paraolímpicos brasileiros estrearam nos jogos escolares. Entre eles, Alan Fonteles, campeão mundial e paralímpico de atletismo; Lorena Spoladore e Verônica Hipólito, campeãs mundiais de atletismo; e Talisson Glock, medalhista em um Mundial da natação. “É importante saber como funciona um evento esportivo grande. Se o atleta se sentir bem aqui, vai saber se comportar em campeonatos nacionais”, disse Garbe, ontem, durante a cerimônia de abertura dos jogos.
Andrey Garbe é um dos nadadores mais promissores da Seleção Brasileira de jovens. Com os resultados alcançados recentemente, ele tem grandes chances de garantir uma vaga nos jogos Parapan-Americanos de 2015 e nas Olimpíadas Paraolímpicas de 2016. “A expectativa é grande. Tenho esse ano e o próximo para bater um novo recorde, reduzir meu tempo em dois segundos, para chegar à final das paralimpíadas”, conta.
O atleta perdeu a perna direita com apenas um ano e meio de vida, decorrência de uma grave meningite. Sete anos depois, iniciou a vida na natação, nas piscinas de um pequeno clube na cidade de Bragança Paulista, interior de São Paulo.
Muitos atletas veem na competição, considerado o evento esportivo escolar mais importante do Brasil, uma chance de serem integrados ao programa Bolsa Atleta, do governo federal. O benefício de R$ 370 por mês é pago ao jovem atleta tenha possibilidade de participar de competições olímpicas.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias