Parlamentares do PT falam com povo na vigília por Lula Livre

Parlamentares do PT estiveram no acampamento de vigília democrática Lula Livre na noite desta segunda-feira (9), saudando a militância aguerrida que acampa nas proximidades do prédio da Polícia Federal em Curitiba. Mais cedo, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o centro de decisões do partido fica transferido provisoriamente para Curitiba.

Afirmando que Sérgio Moro é um juiz incompetente, Lindbergh Farias questionou: “Que país é esse onde Michel Temer teve assessor correndo na rua com malas de dinheiro, o Rocha Loures do Paraná, e continua Presidente da República?”, relembrando que Lula foi condenado por um imóvel que nunca foi dele em um processo criticado por juristas brasileiros e do exterior.

“Eles fazem isso porque o golpe deu errado na cabeça deles. O plano era tirar a Dilma, botar a Globo e o Moro atrás do Lula e eles iriam eleger um tucano em 2018. Deu errado porque tiraram a Dilma, fizeram a campanha contra Lula, aí eles fizeram a pesquisa e Lula subiu”.

Lindbergh ainda ressaltou que “defender Lula é defender a democracia, defender o povo trabalhador. 
Somos todos Lula”. Aos gritos de “Eu sou Lula”, o senador finalizou dizendo que “esse pessoal da direita olha pra gente e pensa como a gente resiste. Eles não entendem que a gente luta por uma causa, por um projeto, por um país que trate bem os que mais precisam”.

O deputado federal Pepe Vargas elogiou a militância. “Vocês que estão aqui resistindo tem o reconhecimento e o carinho de toda a militância do PT pelo Brasil a fora. Nós do Diretório Nacional estamos organizando caravanas para vir a Curitiba, para manter esse acampamento e enquanto Lula estiver na Polícia Federal, vai ter militância”.

Para Pepe, Lula “é a esperança do povo brasileiro para consertar esse golpe ilegal, ilegítimo, e esse governo do Temer que só quer tirar direitos dos trabalhadores. Vocês estão aqui exercendo resistência, mas nas próximas horas teremos reforço do Rio Grande do Sul, que nesse momento vem para a nossa mobilização”.

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, ressaltou a importância de se demonstrar apoio ao ex-presidente, sendo seguido por gritos de “Lula, estamos aqui”.

“É muito importante companheiros, o presidente Lula nesse momento precisa do nosso carinho, nossa presença. Com certeza ele está nos ouvindo agora. Lula, seu povo está aqui em Curitiba”, falou Pimenta.

“Ontem realizamos manifestações em todo o Brasil. Em todo o mundo as mais importantes lideranças políticas se manifestaram em solidariedade ao senhor. Todos sabemos que o senhor é inocente. Essa perseguição odiosa tem o objetivo de tirar do povo a oportunidade de ver o senhor vencedor e voltar a governar o país”, disse, dirigindo-se ao ex-presidente.

“As nossas pernas são as pernas do senhor, cada um aqui é um pouco da sua alma, do seu coração, que ensinou que não podemos abaixar a cabeça e temo de lutar por um país mais justo”.

Ele relembrou momentos da vigília da resistência em São Bernardo do Campo, quando algum companheiro parecia fraquejar, a palavra de consolo vinha do Lula, que abraçava e dizia “o que é isso companheiro, não vamos abaixar a cabeça”.

Segundo Pimenta, “essa gente não aceita que Lula volte para fazer do Brasil uma pátria mais justa. Não tem nada de jurídico nessa história, essa prisão é política”.

Lindbergh ainda comentou a reunião da Executiva Nacional do PT, que preparou a campanha em defesa de Lula, com divulgação nacional e internacional, presença de artistas e a transferência das decisões políticas do partido para Curitiba.

“Em qualquer circunstância vamos registrar Lula como candidato no dia 15 de agosto”, destacou o senador. “Amanhã é dia de muita mobilização, haverá obstrução na Câmara e vamos tirar o dia no Senado para fazer falas. Haverá luta nos estados, em Curitiba e vamos usar a tribuna do parlamento para denunciar a prisão de Lula”.

Da Redação da Agência PT de notícias