Paulo Teixeira rechaça calúnias e ironiza Carlos Sampaio, líder do PSDB
Em discurso, vice-líder do governo na Câmara rechaçou o que chamou de “calúnias” e “molecagens” de Carlos Sampaio e pediu elevação do nível político
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Em contundente discurso no plenário, nesta quarta-feira (12), o vice-líder do governo na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), lembrou aos tucanos o papel que lhe cabe na história recente da política brasileira. Teixeira rechaçou especialmente o que chamou de “calúnias” e “molecagens” do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), a quem pediu que elevasse o nível do debate político.
“Não aceitaremos calúnias. Não aceitaremos intimidações. Não aceitaremos molecagem, que é o que vossa excelência tem feito neste plenário. Nós temos honra, nós temos dignidade. A nossa honra e dignidade não irão para a lama que vossa excelência quer levar o nosso País”, disse Paulo Teixeira, referindo-se diretamente a Sampaio.
O petista listou inúmeros exemplos para chamar o líder tucano de seletivo. “Ele fala de alguns, caluniando-os, e deixa de falar de outros. Ele deixa de falar que o mensalão iniciou sob o comando do então presidente do seu partido e governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo. Ele é seletivo porque ele não fala que o governador do Paraná está sendo acusado de ter uma arrecadação própria ligada ao Fisco do Paraná, coordenada pelo seu primo. Ele é seletivo quando não fala que há uma acusação de cartel, promovido no estado de São Paulo, pelo seu partido. Ele é seletivo quando esquece que houve uma acusação de compra de votos pelo então governo de Fernando Henrique Cardoso nesta Casa”, recordou Teixeira.
O patético papel de Sampaio como advogado da campanha derrotada de Aécio Neves também foi mencionado por Teixeira. “Como advogado da campanha do Aécio Neves, pediu a recontagem de votos. Apresente, deputado Carlos Sampaio, o resultado do seu pedido de recontagem de votos no Tribunal Superior Eleitoral. Depois disso, pediu que a Presidenta da República não tomasse posse. E a presidenta Dilma Rousseff tomou posse. E vossa excelência corria por todos os cantos para pedir o seu impedimento e dizia que havia uma decisão do Tribunal de Contas da União que seria uma ‘bala de prata’ para tirar a Presidenta da República de lá. Não há decisão no Tribunal de Contas da União. Há a opinião de um ministro singular que veio a esta Casa, ele que faz parte de um órgão auxiliar, pedir a votação de contas para limpar a pauta e votar aquilo que sequer o Tribunal de Contas da União votou. Ora, vossa excelência pegou essa bala de prata e vai dar um tiro no pé”, ironizou.
“O partido de vossa excelência lidera a desgovernabilidade, ao votar matérias aqui que criam um caos no nosso País. E vossa excelência se soma ao golpismo dirigido pelo ex-candidato derrotado no Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, que também foi derrotado no governo de Minas Gerais”, acrescentou Teixeira.
“Respeite o Partido dos Trabalhadores! Respeite a Presidente Dilma Rousseff! Respeite o Presidente Lula! Respeite, porque eles têm toda a sua vida dedicada à transformação deste País e à melhora dessa sociedade, para a construção de uma sociedade mais justa. Nós vamos vencer esse período e vamos continuar construindo a sexta maior potência do mundo com mais justiça social, com muita força, que este País tem, e que, sem dúvida nenhuma, vai ter a direção da média do pensamento político. A média do pensamento político vai vencer, e não o extremismo que vossa excelência representa na expressão das suas opiniões neste plenário”, concluiu Paulo Teixeira.
Do PT na Câmara