Petrobras: “Dividendos continuam altos, acima da média histórica”, diz Deyvid Bacelar
Segundo presidente da FUP, entre as seis maiores petroleiras do mundo, estatal brasileira foi a terceira que mais distribuiu dividendos a acionistas em 2023
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O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou que, “entre as seis maiores petroleiras do mundo, a Petrobrás foi a terceira empresa que mais distribuiu dividendos a acionistas em 2023, e a sexta em receitas, na comparação com as demais companhias internacionais do setor”.
Bacelar falou sobre o assunto ao comentar a proposta do conselho da administração da estatal de distribuição de dividendos ordinários de R$ 72,4 bilhões referentes ao ano passado.
“Os dividendos da companhia continuam altos em 2023. Embora sejam inferiores aos mega dividendos pagos no último biênio (média anual de R$ 155,7 bilhões), são cerca de 12 vezes superiores à média histórica observada entre 2003 e 2020 (R$ 5,9 bilhões)”, disse Bacelar, citando dados da Petrobrás elaborados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Como já havia antecipado o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em 2023 a estatal superou os dividendos da Chevron (US$ 11,3 bilhões), TotalEnergies (US$ 7 bilhões) e BP (US$ 4,8 bilhões). Ficou abaixo da Exxon (US$ 32,4 bilhões) e da estatal Saudi Aramco (US$ 97,7 bilhões).
Fortalecimento em 2023
Ao comentar os resultados da Petrobrás no exercício de 2023, Bacelar afirmou que “depois de enfrentar anos de desinvestimentos e descapitalização, com pagamentos recordes de dividendos, venda de ativos estratégicos e redução sistemática de seus investimentos, a Petrobrás mostra que se fortaleceu em 2023, retomando ciclo de crescimento e consolidando modelo de gestão do governo Lula”.
Além de um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da companhia, todos os indicadores operacionais da companhia foram positivos, conforme balanço da empresa divulgado na semana passada, após reunião do conselho de administração da companhia.
“Os investimentos voltaram a crescer na atual administração da Petrobrás, saindo de R$ 49,6 bilhões, em 2022, para cerca de R$ 60,3 bilhões em 2023, com elevação de 21,5% na comparação anual. A ampliação de investimentos tem que continuar e em escala ainda maior, pois é fundamental para solidez financeira da Petrobrás, desenvolvimento do país, geração de emprego e renda”, ressaltou Bacelar.
Da Redação