Polícia ataca povos indígenas em frente à Câmara dos Deputados
Manifestação pacífica, em Brasília, contra o PL 490 foi surpreendia por bombas e balas de borrachas. Vários indígenas ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais
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Povos indígenas de diversas localidades do país foram atacados com bombas e balas de borrachas pela Polícia Militar em frente à Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira,22. Diversos indígenas, que protestavam contra o Projeto de Lei 490/2007, ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais.
O PL altera a Lei n° 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. É uma bandeira ruralista e bolsonarista que pretende acabar com a demarcação de terras indígenas no país, favorecendo o garimpo e a construção de hidrelétricas.
Veja como foi o ataque, abaixo:
URGENTE | Polícia ataca a manifestação pacífica dos povos indígenas em Brasília nesse momento. Indígenas mobilizados no #LevantePelaTerra estão contra o #PL490NÃO e sendo duramente reprimidos! A manifestação tem muitas crianças que acompanham seus pais.
video Tiago Miotto / CIMI pic.twitter.com/YQTkkakDjA— Apib Oficial (@ApibOficial) June 22, 2021
A votação do PL na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados foi adiada várias vezes nas últimas semanas. Nesta terça, 22, seria o quarto item da pauta da CCJ, mas a votação foi novamente cancelada.
A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, estava com as lideranças indígenas durante o protesto e afirmou que junto com outros deputados de oposição vão garantir a participação dos povos indígenas na votação do PL 490, agendada para esta quarta-feira, 23.
A presidenta nacional do PT, @gleisi, está junto dos povos indígenas que estão sendo reprimidos em frente a Câmara dos Deputados.
O protesto é contra o Projeto de Lei 490, que passa para o Congresso a demarcação das Terras Indígenas.#PL490NÃO pic.twitter.com/IL6J9HT1Zg
— PT Brasil (@ptbrasil) June 22, 2021
Mobilização
As mobilizações acontecem em Brasília desde a semana passada. Pelo menos 850 indígenas pediram por proteção aos povos Yanomami e Mundukuru, além da manutenção da demarcação de terras. Eles marcharam até o Supremo Tribunal Federal, Ministério da Justiça e Funai.
Da Redação