Presidente da CUT: “Não negociamos com golpistas”
Vagner Freitas divulga nota negando que entidade tenha participação na negociação de imposto sindical em troca da aprovação da reforma trabalhista
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, divulgou nesta quinta (6) nota reforçando que a entidade não participa de negociações com o governo golpista sobre alternativas para compensar o fim da contribuição sindical obrigatória, inclusa na reforma trabalhista.
Vagner reafirma que a CUT exige a derrubada do Projeto de Lei da Câmara (PLC nº 38) que trata da reforma trabalhista no Senado Federal e apoia o relatório adotado pela Comissão de Assuntos Sociais da Casa, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS)
Confira a nota na íntegra:
“Nos últimos dias, vários órgãos de imprensa vêm publicando matérias sobre supostas negociações de ‘centrais sindicais’ com o governo Temer para manter o imposto sindical em troca da aprovação da reforma trabalhista, na realidade um desmonte dos direitos assegurados na CLT.
O termo ‘centrais sindicais’, sempre assim, no plural, induz o leitor a erro. Existem nove centrais sindicais no Brasil, a maior e mais combativa, com mais de 25 milhões de trabalhadores na base, é a CUT. E a CUT não está negociando nem nunca negociou retirada de direitos dos trabalhadores.
Nesta quinta-feira, 6, a Folha de São Paulo publicou matéria intitulada ‘Temer quer compensar sindicatos pelo fim de contribuição obrigatória’, onde, novamente, deixa no ar uma ambiguidade quanto à participação de centrais numa pretensa negociação com o primeiro presidente do Brasil denunciado oficialmente por corrupção. A negociação envolveria até votos contrários à aceitação de denúncia contra Temer feita pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot, na Câmara dos Deputados.
Quem se dá ao trabalho de ler a matéria inteira percebe que não são as nove ‘centrais sindicais’ que estão negociando. No 4º parágrafo, o leitor é informado que uma central está negociando: ‘A principal proposta, discutida nesta quarta (5) por Temer com a Força Sindical, com o apoio de outras centrais, é regulamentar a contribuição assistencial, que representaria até 70% do orçamento de alguns sindicatos’.
A CUT reafirma que exige a derrubada do Projeto de Lei da Câmara (PLC nº 38) que trata da reforma trabalhista no Senado Federal e apoia o relatório adotado pela Comissão de Assuntos Sociais da Casa, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
São Paulo, 6 de julho de 2017
Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT”
Da redação da Agência PT de notícias