Presidente Lula recebe medalhistas do Pan e do Parapan

Recepção acontece no dia da divulgação de mais uma etapa da campanha de fim de ano do governo, que conta a história de Rebeca Andrade, atleta apoiada desde 2012 pelo Bolsa Atleta

Ricardo Stuckert

O presidente Lula entre Bruna Alexandre, primeira atleta paralímpica do Brasil a disputar Jogos Pan-Americanos entre os olímpicos, e a campeã mundial e olímpica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça, 19 de dezembro, medalhistas brasileiros dos jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago 2023. Nas duas competições, o país obteve os melhores desempenhos de sua história. “Uma honra receber nossos atletas medalhistas dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago 2023”, declarou o presidente Lula em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

Ao lado de figuras como a campeã olímpica e mundial de ginástica artística Rebeca Andrade, e do velocista paralímpico mais rápido do mundo, Petrúcio Ferreira, o presidente ressaltou a importância do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual de atletas presente na ampla maioria das conquistas nacionais na capital chilena. “Quando criamos o bolsa atleta era na ideia de que a gente vai dar iniciação, a oportunidade para o cara poder competir e foi uma ajuda muito grande”, disse.

Apoiada pelo Bolsa Atleta desde 2012, Rebeca Andrade tem a história pessoal dela registrada em uma das peças da campanha de fim de ano do Governo Federal que foi ao ar nesta terça, com narrativas de desafios, apoio e sucesso. Com o conceito “Em 2024, acredita e vem”, os vídeos têm como objetivo incentivar as pessoas a buscarem seus sonhos e fazerem planos, destacando a importância das políticas públicas nas conquistas da população.

Para se ter uma ideia da dimensão do Bolsa Atleta no esporte nacional, nos Jogos Pan-Americanos 184 medalhas das 205 conquistadas tiveram presença de bolsistas (89%). O Brasil terminou na vice-liderança do quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos.

“É a honra e a valorização do nosso trabalho, de tudo o que a gente tem construído durante todos esses anos. Ter todo esse apoio a gente sente o quanto faz a diferença”, disse Rebeca, que na semana passada recebeu pela terceira vez consecutiva o prêmio de Melhor Atleta Feminina do Ano do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Nos Jogos Parapan-Americanos, das 343 medalhas conquistadas em Santiago, 335 tiveram a digital do Bolsa Atleta (97%). O país terminou pela quinta vez seguida à frente do quadro de medalhas.

O ministro André Fufuca (Esporte) ressaltou o orgulho do Governo Federal em acompanhar esses esportistas. “O sentimento de orgulho, de brilhantismo e, acima de tudo, de gratidão a esses homens e mulheres que levam o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo.”

Reajuste

Uma das principais demandas dos atletas de alto desempenho nos últimos 12 anos foi ouvida pelo presidente e pelo ministro no evento desta tarde. André Fufuca afirmou que há planos de reajuste nos valores do Bolsa Atleta, que não sofrem alteração desde 2009. “O tema tem toda a sensibilidade do Governo Federal para avançar. Estamos trabalhando para que o reajuste aconteça de acordo com a inflação acumulada do período”, disse o ministro.

Ao todo, estiveram presentes 11 atletas no encontro com o presidente Lula, que se destacaram nos jogos ao receber medalhas de ouro, prata ou bronze. Entre os presentes, Bruna Alexandre, mesatenista e primeira atleta paralímpica brasileira da história a fazer parte de uma megacompetição continental olímpica. Ela disputou a competição de equipes do tênis de mesa ao lado de Bruna Takahashi e Giulia Takahashi. O trio terminou com a medalha de bronze em Santiago. Bruna foi eleita a Melhor Atleta paralímpica do ano de 2023, prêmio organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (CPB).

Outro atleta de destaque foi o nadador Douglas Matera, principal medalhista individual dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, com nada menos que oito medalhas de ouro. “Até o ano passado eu me dedicava a outras atividades para ter uma renda que complementasse. Sendo agraciado com o Bolsa Atleta na categoria Pódio, consigo me dedicar 100% à natação. Desde lá, tenho melhorado muito meus resultados”, disse.

Também estiveram presentes algumas das integrantes da Seleção de Ginástica Rítmica: Bárbara Galvão, Déborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio e Sofia Madeira. Todas brilharam nos jogos de Santiago. “É uma honra e um amor representar a pátria, representar cada um dos brasileiros. E hoje, a gente tendo esse reconhecimento, realmente são dias de glória”, disse Déborah. O marchador brasiliense Caio Bonfim, maior vencedor da modalidade no atletismo nacional, completou o grupo de homenageados.

Retrospectiva

Nos Jogos Pan-Americanos, vários números valeram registro. O Brasil teve um recorde de medalhas, com 205, recorde de ouros: 66, além de 73 pratas e 66 bronzes. Foi a primeira vez que o desempenho feminino superou o masculino, com 33 ouros e 95 medalhas com as mulheres e 30 ouros e 92 medalhas com os homens. Desempenhos históricos em modalidades como ginástica rítmica (100% dos ouros) e boxe (presença em nove das 13 finais) também foram registrados. Um total de 40 vagas foram conquistadas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, o país somou inéditas 343 medalhas no Chile, sendo 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. O resultado garantiu a melhor campanha do país em todos os tempos, superando tanto os recordes de ouros quanto o de pódios, que pertenciam à edição de Lima 2019, com 124 medalhas douradas e 308 no total. O Brasil terminou muito à frente do segundo colocado, os Estados Unidos, que somaram 166 medalhas (55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes).

Do Site do Planalto

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